A sessão de encerramento ficou a cargo do presidente do Partido Socialista da Madeira, Emanuel Câmara, que começou por a catalogar a apregoada renovação do PSD como “mais do mesmo” para os madeirenses.
O líder socialista lançou críticas ao Governo Regional e a Miguel Albuquerque, o qual acusou de se ter assumido contra a devolução do IRS pelo então governo de Alberto João Jardim, mas “quando chegou a ser presidente do Governo Regional, esqueceu-se completamente das medidas ferozes que fizeram primeiras páginas e aberturas de telejornais”. Para Emanuel Câmara, esta atitude demonstra claramente que Albuquerque “é mais do que uma pessoa que está subjugada ao próprio PSD, a Alberto João Jardim, ou não fosse ele agora recuperar os quadros do passado”.
Emanuel Câmara realçou a afirmação do PS enquanto partido de poder na Região em 2013 ao ganhar quatro câmaras municipais. “Todo esse trabalho que nós temos desenvolvido fez com que finalmente o PSD acordasse para as pessoas” ao perceber que “o PS tem uma equipa fortíssima para apresentar ao eleitorado, com ideias bastante sustentadas em todo o trabalho que temos desenvolvido junto das populações”.
Sobre o Orçamento apresentado pelo Governo Regional, o líder do PS-M diz tratar-se de um ato de “desespero”. “Ele [Miguel Albuquerque] tinha a oportunidade de tomar estas medidas há uns tempos a esta parte” e “não se compreende como é que aquela diferenciação positiva que nós tínhamos em termos fiscais não é derramada também na nossa Região”.
Também Victor Freitas, presidente do Grupo Parlamentar do PS, interviu fazendo uma análise ao OR2019 concluindo que “em algumas matérias, o Governo Regional faltou à palavra dada e, ao contrário do que tem hoje propalado em vários cartazes na Região Autónoma da Madeira, infelizmente não cumpriu”.
Como exemplo apontou as altas problemáticas e as listas de espera para cirurgias, que atingem números superiores a 18 mim madeirenses, problemas que considera não terem resolução neste Orçamento.
Além da área dos transportes, sem ferry continuo para o continente por mais um ano, os madeirenses continuam sem ver “medidas de desagravamento fiscal com impacto real” na sua vida.