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PS-M a trabalhar por melhores autarquias

Uma ação de formação, mas também de mobilização, palavras do diretor do Gabinete de Estudos do Partido Socialista, João Tiago Silveira, que garantiu que “o PS nacional está de corpo e alma com o PS-Madeira para os seus próximos desafios, que vão certamente correr bem”.

O primeiro dia foi marcado por formações nas mais diversas áreas relacionadas com o trabalho das autarquias, quer câmaras municipais, quer juntas de freguesia, com a participação de formadores do Gabinete de Estudos do PS.

Entre os vários assuntos a abordados esteve a discriminação do Governo Regional em relação às autarquias socialistas, ao não assinar contratos-programa com as mesmas. Questão levantada diversas vezes ao longo da Convenção pelos vários intervenientes.

Na sua intervenção Duarte Caldeira, do Gabinete Autárquico do PS-M, lembrou que os contratos-programa foram suspensos enquanto o Plano de Ajustamento Económico e Financeiro esteve em vigor na Região, mas que atualmente o Executivo tem toda a capacidade para os aplicar o que já faz em “algumas autarquias da sua cor política, deixando completamente de fora as autarquias que são de outras cores, nomeadamente as do PS”.

De acordo com o responsável as autarquias da Ponta do Sol, Porto Moniz, Machico e Funchal têm entregue ao Governo vários pedidos de contrato-programa, mas que estes são constantemente recusados.

No segundo dia os trabalhos foram dedicados às intervenções políticas e ao debate com o objetivo de contruir “um PS melhor e, consequentemente, melhores autarquias onde estamos a exercer funções”.

Célia Pessegueiro, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol e vice-presidente do PS-Madeira abriu as intervenções com a acusação ao Governo Regional de ser “extremamente centralista, apesar de invocar a todo o momento que quer mais autonomia”.

A autarca falou da transferência de competências para as autarquias e na consequente resistência por parte do Governo Regional em fazê-lo. Célia Pessegueiro referiu que certas matérias estão a ser descentralizadas pelo Governo da República para os municípios do continente e que na Região já estavam sob a tutela e a responsabilidade do Governo Regional. “Para que as autarquias nas regiões autónomas tenham a mesma capacidade de intervir e de assumir estas responsabilidades, terá o Governo Regional de transferi-las para as autarquias e transferir a verba”, disse.

A número dois do PS-M mostrou também foco no futuro. “Em 2019 espera-nos muito trabalho, muita luta e, sobretudo, uma grande responsabilidade que é a de darmos à Região Autónoma aquilo que alguns concelhos já têm, que é uma mudança política, uma alternância e uma oportunidade de ver uma luz ao fundo do túnel”, afirmou.

Na sua intervenção Hugo Alexandre Marques, vereador da Câmara Municipal de Machico, mostrou-se convicto numa vitória nas próximas eleições regionais.

«Podemos ter a convicção de que vamos ganhar, mas temos de ter a humildade para trabalhar e para mantermos sempre a mesma postura junto das pessoas, ouvindo as pessoas. Acho que essa vai ser a base da nossa vitória em 2019», assegurou o vereador.

O encerramento ficou a cargo de Paulo Cafôfo e Emanuel Câmara. O candidato à presidência do Governo Regional e o presidente do partido, respetivamente, reafirmaram a confiança em relação à alternância do poder. Cafôfo chegou mesmo a afirmar enquanto certeza que o partido irá “ganhar as eleições em 2019”.

Não deixando de apontar críticas ao atual Executivo e ao PSD, dizendo que parece só agora se ter lembrado das pessoas pois “apresenta no final do mandato medidas populistas, porque têm a única finalidade de um Governo, que está a trabalhar para o partido – o PSD –, poder ganhar as eleições”.

Paulo Cafôfo relevou o papel dos autarcas, classificando-os como agentes do progresso acrescentando que o PS deve ao poder local a sua força. “Não somos poder regional, mas somos poder local. E o PS está na linha da frente do desenvolvimento desta Região, através das suas câmaras, das suas juntas, ou através dos autarcas que, estando na oposição, fazem a diferença e fazem a pressão necessária para que políticas positivas pelas pessoas sejam desenvolvidas”.

Já com os olhos postos em 2019, Cafôfo assegurou que “com a experiência que temos, com os valores do PS e os valores que temos desenvolvido nas nossas câmaras e juntas de freguesia, com as prioridades estratégicas que aqui já foram faladas, vamos apresentar um programa de Governo que esteja à altura dos desafios da Região”.

Já o presidente do PS-Madeira afirmou acreditar que a coligação que o partido tem com a sociedade civil “será, com certeza, vencedora com Paulo Cafôfo como nosso candidato a presidente do Governo Regional”.

Assumindo uma “satisfação enorme em ser presidente” do PS-M, Emanuel Câmara aproveitou também ele para lançar farpas ao Governo Regional, dizendo que muitas das medidas que são agora apresentadas já são seguidas pelas autarquias socialistas.

O líder socialista da Madeira realçou a importância desta convenção autárquica, a qual teve uma vertente formativa. «Não tenho dúvidas nenhumas de que, a partir deste fim de semana, todos e todas vocês estão mais bem preparados, não só tecnicamente, mas também em relação ao que é o ADN socialista», declarou.