A candidata do PS Madeira à Câmara Municipal de Santa Cruz, Mafalda Gonçalves considera que é premente resolver os problemas que se arrastam há décadas quanto ao funcionamento da ETAR dos Reis Magos, que levam à interdição da praia aquando das descargas realizadas pela estação, tal como aconteceu no verão passado por diversas vezes. Apela à resolução deste problema que coloca em risco a qualidade da água e a saúde pública.
No âmbito do roteiro ‘Fazer Diferente’, esta semana dedicado à temática ‘Ambiente e Gestão Urbana, os socialistas estiveram junto à praia dos Reis Magos, em Santa Cruz, onde alertaram para os perigos das descargas da ETAR, que interditam aquela zona balnear, colocando em causa a qualidade da água e, por sua vez, a saúde e segurança dos banhistas.
“O PS está preocupado com o funcionamento destas instalações e defende que é fundamental saber em que condições de funcionamento está a ETAR dos Reis Magos, de maneira a tranquilizar a população sobre a qualidade da água. A segurança das pessoas tem sempre que estar em primeiro lugar”, revelou a candidata do PS Madeira à Autarquia de Santa Cruz.
Mafalda Gonçalves sublinha que “este é um problema ambiental e de saúde pública que requer uma solução definitiva. A solução não se prende com o local onde são despejados os resíduos, mas sim com o devido tratamento dos mesmos antes de serem eliminados”.
A candidata revela mesmo que a solução encontrada, a de prolongar um pouco mais o emissário submarino, que antes se localizava junto às escadas de acesso ao mar, não foi o ideal, pois continua a não estar muito distante da praia e não resolve o problema.
Acrescenta que, devido à existência do enrocamento e das correntes naturais naquela zona, muitos dos detritos acabam por ser arrastados e trazidos de volta à praia, como resultado a água apresenta-se muitas vezes com aspeto sujo e pouco convidativo a mergulhos.
Mafalda Gonçalves aponta que aquela zona balnear é umas das mais procuradas no concelho, lembrando que “no verão passado, por mais do que uma vez foi içada a bandeira vermelha, ficando interdita a banhos, devido a descargas da ETAR diretamente para o mar”.
“Existe obviamente legislação que não está a ser cumprida porque caso contrário estas situações, que são recorrentes e que põem em causa a qualidade das águas balneares, a manutenção da bandeira azul e a saúde dos utilizadores da praia, não aconteceria”, concluiu.