Tal como referiu o docente universitário, «vivemos um tempo de crescimento rápido, de mudanças repentinas, em que nada é garantido e, portanto, mesmo dentro da Cultura, temos de pensar no aspeto de empreender».
O preletor abordou os índices de empreendedorismo em Portugal e evidenciou alguns indicadores que devem ser melhorados. Segundo afirmou, não obstante o nosso país ter vindo a acolher a “Web Summit”, «ainda estamos atrasados em algumas variáveis». «Nós ocupamos, em termos de classificação mundial, o 31.º lugar no campo do empreendedorismo», pelo que «ainda há muito para fazer e muito para inovar», sustentou.
Segundo Eduardo Leite, os tempos mudaram e um aluno que entra hoje na Universidade, seja em que área for, desde a Saúde, à área cultural ou económica, «não pode estar à espera de o mercado ter um trabalho à sua espera e depois trabalhar durante toda a sua vida até se reformar». «Hoje, o estudante tem de ser responsável pela criação do seu próprio emprego e há uma série de instrumentos, de metodologias que podem facilitar essa entrada no mercado de trabalho», vincou.
O gestor e professor da UMa deu o seu próprio exemplo, referindo-se a uma editora científica que criou quando chegou à Madeira, destacando que, neste momento, a mesma conta com uma plataforma já com cerca de 6 mil seguidores investigadores de língua portuguesa espalhados pelo mundo.
Evidenciando a quantidade e qualidade de recursos humanos que temos dispersos pelo mundo, o orador considerou ser necessário começar a despertar a sua atenção e criar condições de o nosso País os reter e «não os convidar a emigrar».