Vítor Freitas, presidente do grupo parlamentar do PS, afirmou que o Plano de Ajustamento da Madeira celebrado em 2012, dado como extinto em 2016, “nunca saiu da vida dos madeirenses”.
“Em sete anos [2012 – 2019] os madeirenses pagaram 1.517 milhões de euros de impostos que davam para construir três aeroportos”, referiu, salientando o “logro” do desagravamento fiscal reivindicado pelo Governo em “ano de eleições”.
“O discurso do PSD contra o PS, contra Lisboa e contra Paulo Cafôfo [candidato do PS à presidência do Governo Regional] não é contra nós, é contra todos os cidadãos e cidadãs que, na Madeira e no Porto Santo, querem fazer a mudança”, concluiu.
Por outro lado, disse que as listas de espera na Madeira já atingem os 18 mil utentes, mais dois mil do que em 2015. Durante a interpelação ao governo, na discussão da proposta de orçamento para 2019, Victor Freitas acusou o atual executivo de ter desinvestido nesta matéria nos últimos anos, pelo que defendeu um reforço da verba para o próximo ano.
Na intervenção final, no primeiro dia de debate sobre ORAM para 2019, acusou o governo de mentir ao dizer que faz uma redução fiscal, quando espera ter uma receita de impostos, em 2019, muito superior à dos anos do PAEF. O líder parlamentar socialista referiu “medidas a República” que beneficiam a Região, apontando a redução dos juros da dívida e a comparticipação no novo hospital.
As medidas sociais apresentadas, como a redução dos preços dos passes, a contagem do tempo de serviço dos professores ou o ‘kit bebé’, não constavam do programa do governo e resultam, apenas, da pressão eleitoral.
“O PSD teme o candidato do PS. Paulo Cafôfo condiciona as opções do PSD”, afirma o deputado que considera que os ataques da maioria social-democrata não são contra o PS ou contra Lisboa, mas “contra os que querem a mudança”.