O presidente do Grupo Parlamentar do PS-Madeira afirmou, hoje, que as políticas erradas do Governo Regional estão na base dos problemas de qualificação dos madeirenses, facto que, por sua vez, contribui para a elevada taxa de desemprego e para a maior dificuldade em entrarem no mercado de trabalho.
Em conferência de imprensa realizada junto Instituto de Emprego da Madeira, Rui Caetano deu conta do facto de Madeira ser a região com a taxa de desemprego mais alta do país (7,3%), estando nesta condição cerca de 16.400 pessoas. O deputado acrescentou que a realidade se reveste ainda de maior gravidade se atendermos ao facto de mais de 5 mil jovens dos 20 aos 34 anos se encontrarem em situação de desemprego.
O dirigente apontou as baixas qualificações dos desempregados como um problema acrescido quando se trata de responderem às ofertas de emprego. Tal como adiantou, existem mais de 9 mil desempregados que têm apenas o ensino básico e há cerca de 675 pessoas que não possuem qualquer qualificação. “É difícil que estas pessoas consigam uma atividade profissional, devido ao rigor que se exige e às competências que são necessárias para responder às ofertas de emprego”, referiu.
Rui Caetano disse que esta é uma situação que fica a dever-se às políticas erradas do Executivo. “O modelo de desenvolvimento implementado por este Governo Regional ao longo de todos estes anos resultou em que os madeirenses tivessem graves problemas nas suas qualificações”, disse, acrescentando que essas más opções governamentais contribuem também para o facto de a Madeira ser a região com o menor poder de compra do país.
Na ótica dos socialistas, é preciso aproveitar a oportunidade que a Região terá com os fundos que irá receber ao abrigo do Programa de Recuperação e Resiliência e do quadro financeiro plurianual para implementar um novo modelo de desenvolvimento. “É preciso encontrar políticas públicas que venham acelerar o ritmo de convergência da Região Autónoma da Madeira com as outras regiões. Essa rede de convergência é fundamental para que os madeirenses tenham melhor qualidade de vida, melhor poder de compra e encontrem mais e melhores empregos”, sublinhou, defendendo a aposta na requalificação do produto turístico, na recapitalização das empresas e na qualificação dos madeirenses.