Muito se tem falado acerca desta área, mas muito pouco tem sido feito. O executivo continua a focar atenções no novo hospital e a população sente-se impotente perante um serviço que não lhes oferece aquilo de que precisam.
Paulo Cafôfo sabe que o hospital é importante e não nega a sua necessidade. Para o candidato a construção desta infraestrutura está garantida assim como a comparticipação em 50% assumida pelo Governo da República tal como dito pelo primeiro-ministro, António Costa.
Mas é preciso mais. É preciso que o governo regional também faça o seu trabalho. É preciso desenvolver valências que garantam o funcionamento e a sustentabilidade do serviço regional de saúde.
E nesta matéria não se pode olhar apenas para o hospital. A saída de profissionais é uma realidade grave que não se pode negar. Médicos e enfermeiros estão descontentes, desanimados e exaustos, mas é preciso estancar este êxodo. Com a saída fica também desfalcada a formação de novos médicos pondo em risco a qualidade do serviço.
Quanto às filas de espera, com mais de 18 mil utentes, Paulo Cafôfo considera que a ação tem de ser em três velocidades: começando pela contratação de serviços ao privado de forma transparente, de seguida atribuindo incentivos à produtividade com objetivos e compensações e, por fim, estabelecendo prazos como é feito a nível nacional, e cumprindo-os.
Por último, e não menos importante, os cuidados primários, fundamentais para o bem-estar da população. Os centros de saúde estão sobre aproveitados. Segundo Paulo Cafôfo, é possível evitar idas constantes ao hospital central e prevenir a sua lotação atribuindo mais valências aos centros de saúde.
O candidato relevou ainda a importância da implementação de um programa de saúde escolar, essencial para detetar antecipadamente problemas que a população possa ter e que faça a diferença nos estudantes e na qualidade de vida da população.