Sara Cerdas voltou a reivindicar a criação de um gabinete da Região Autónoma da Madeira em Bruxelas, que tenha um representante permanente na defesa dos interesses da Região.
O tema esteve em cima da mesa no seguimento de uma reunião com representantes regionais, de visita a Bruxelas, no âmbito do projeto FORWARD – projeto que visa reforçar a visibilidade e o reconhecimento das capacidades e “expertise” em investigação e inovação nas regiões ultraperiféricas (RUP).
A Eurodeputada critica o desinteresse do Governo Regional em dar continuidade a esta reivindicação. “Infelizmente continuamos sem gabinete da Madeira em Bruxelas, há muito uma reivindicação do PS Madeira. Se por um lado o Governo Regional inaugurou um espaço dando conta desse intuito, após mais de 2 anos e meio continuamos com a cadeira vazia.”
“O gabinete dos Açores, representado em Bruxelas, prova esta necessidade. Faz um bom trabalho ao nível do network, da troca de sinergias e de reivindicação das suas necessidades em Bruxelas, junto das diferentes instituições e organismos da União Europeia, no âmbito da cooperação inter-regional, na defesa da ultraperiferia, dos seus setores e das suas especificidades. É preciso esclarecer que o gabinete não substitui o Governo Regional, nem mesmo o trabalho das Eurodeputadas eleitas pela Madeira, mas é um facilitador da ação governativa, o que reforça a capacidade de intervenção e permite uma maior proximidade com as principais instituições e participação nas propostas em discussão.”
Durante a reunião com os representantes do projeto FORWARD, Claudio Mantero e Lucio Quintal, ficou patente a necessidade de melhorar o network da Madeira em Bruxelas, especialmente ao nível do conhecimento – melhorar os recursos locais e estruturas públicas, bem como o diálogo entre os cidadãos e entre regiões ultraperiféricas. “A troca de sinergias com as outras ilhas e RUPs europeias, para criar uma network específica, permitirá uma maior ação ao nível de projetos-piloto, que depois possam ser potencializados pelos fundos europeus e através de consórcios, elevando o nível e tirando proveito do valor acrescentado e potencial que a Madeira e as restantes oito regiões têm”.