Sara Cerdas, vice-presidente da Comissão Especial de Combate ao Cancro (BECA) do Parlamento Europeu, congratulou-se pela conclusão dos trabalhos desta comissão, que teve a duração de aproximadamente 15 meses, com a aprovação do relatório que define as prioridades políticas europeias nesta área.
“Esta semana, no Parlamento Europeu, tivemos finalmente a conclusão dos trabalhos da Comissão Especial de Combate ao Cancro (BECA), com a aprovação do relatório que verte a posição do Parlamento Europeu. Após mais de um ano de trabalho dedicado à elaboração do Plano Europeu de Combate ao Cancro, a auscultar especialistas das mais variadas áreas e a debater como poderíamos melhorar o plano, votamos hoje um relatório robusto, que tem em conta a melhor evidência científica disponível e focado sobretudo na prevenção”, refere Sara Cerdas.
A eurodeputada destaca que “este relatório tem como objetivos trabalhar as questões da prevenção, do diagnóstico precoce, do tratamento adequado e da qualidade de vida para os doentes, famílias e cuidadores”. Aponta a “importância do pedido para que exista legislação mais dirigida aos fatores de risco, dado que 30 a 50% das mortes por cancro poderão ser evitáveis. Demos passos importantes na prevenção da exposição a fatores de risco como o álcool, o tabaco, os produtos químicos, a radiação, a poluição do ar e em áreas como a nutrição, que precisarão de continuar a ser aprofundados”.
Sara Cerdas refere ainda a importância da melhoria da acessibilidade ao tratamento: “Transversal a estes objetivos, e algo que foi uma bandeira do grupo dos socialistas e democratas (S&D) do qual o PS faz parte, foi melhorar a acessibilidade ao tratamento e aos cuidados de saúde oncológicos. Não é por estarmos na Madeira, fazermos parte de uma região ultraperiférica, afastados da placa continental, que as desigualdades poderão ser incrementadas. Trabalhamos de forma a reduzir estas desigualdades, estas iniquidades, para que a acessibilidade seja uma constante e uma realidade para os 27 Estados-Membros da União Europeia e para todas as suas regiões, por mais afastadas que estejam.”
A eurodeputada termina com um apelo para que os Estados-Membros se empenhem agora na implementação deste plano. “Fizemos tudo o que está ao nosso alcance no Parlamento Europeu para garantir que temos as ferramentas necessárias ao nosso dispor, nomeadamente através dos 4 mil milhões de euros disponíveis para o Plano Europeu de Combate ao Cancro, e agora contamos com o envolvimento de todos os decisores nesta luta comum contra os 20 milhões de casos diagnosticados anualmente em todo o mundo”.
O plano hoje aprovado irá a Plenário em janeiro de 2022, onde será votado pelos restantes eurodeputados.