InícioAtualidadeSÃO NECESSÁRIOS INCENTIVOS PARA A FIXAÇÃO DAS PESSOAS NO MEIO RURAL

SÃO NECESSÁRIOS INCENTIVOS PARA A FIXAÇÃO DAS PESSOAS NO MEIO RURAL

Na abertura do debate, o candidato do PS-M às eleições regionais de 2019 fez uma alocução aos muitos presentes, referindo que temos um território que é desafiante, constatando, por um lado, que hoje em dia se verifica um despovoamento rural, com os riscos que isso acarreta, e, por outro lado, uma pressão sobre as cidades.

Daí que, explicou Paulo Cafôfo, este debate gire em torno daquelas que são as medidas políticas públicas que podemos ter para «incentivar a fixação das pessoas no meio rural e, por outro lado, que atratividade em termos do desenvolvimento e coesão territorial, porque quando se fala em desenvolvimento rural estamos a falar em coesão territorial».

«Hoje em dia, nós precisamos efetivamente de incentivos para que tal possa acontecer», sustentou Paulo Cafôfo, considerando que a única forma de podermos ter esta coesão territorial e fixar as pessoas é através da parte económica. Umas das formas de que tal se possa verificar passa, no seu entender, pelo incentivo e valorização dos produtos regionais, até porque, «se o fizermos, estamos não só a combater a desertificação rural, como estamos a melhorar o rendimento  das famílias, a criar e fomentar emprego e a diminuir riscos, porque sabemos que esta desertificação leva a problemas e catástrofes naturais, como os incêndios, a erosão e as aluviões».

Numa altura em que regressam muitos emigrantes da Venezuela, que normalmente até têm uma ligação com o meio rural, mas não têm as condições para lá se fixarem, o candidato socialista apontou como uma estratégia uma «desburocratização daquilo que é um tipo de economia mais familiar e de pequena escala», porque, «hoje em dia, a questão da segurança alimentar é um condicionamento e um condicionalismo para que se possa apostar e promover os produtos regionais».

Paulo Cafôfo referiu-se também à questão do ordenamento do território e do ordenamento florestal, afirmando que «há aqui a possibilidade de termos um sistema misto do uso da própria floresta – agro, silvo e pastoril».

O responsável defendeu igualmente que as pessoas que cultivam a terra devem ser financeiramente apoiadas, porque estão a cuidar do nosso ecossistema.

«Desenvolvimento rural significa coesão territorial, significa termos um território mais desenvolvido e mais coeso e com melhor qualidade de vida para as pessoas que vivem aqui na Região», concluiu Paulo Cafôfo.