Auscultar a população, o tecido empresarial e várias instituições do Porto Santo de modo a procurar soluções para os problemas locais é o objetivo da deslocação que o Partido Socialista irá efetuar àquela ilha.
Ao longo de dois dias – estas quarta e quinta-feira – os socialistas irão desenvolver diversas atividades inseridas no âmbito do roteiro ‘Compromissos e Soluções’ e da ‘Academia PS’. Serão, como explica o presidente do PS Madeira, dois dias inteiramente dedicados a ouvir os porto-santenses acerca das suas preocupações, das dificuldades que sentem e das ideias que têm para a sua ilha.
“Além das questões conjunturais, o Porto Santo tem problemas próprios, agravados pela sua condição de dupla insularidade, que carecem de resposta urgente e que continuam negligenciados por um Governo Regional que, paradoxalmente, aquando da campanha eleitoral, prometia a sua resolução”, afirma Sérgio Gonçalves.
Durante estas jornadas de trabalho, o Grupo Parlamentar do PS irá prosseguir o roteiro ‘Compromissos e Soluções’, desta feita focado nas especificidades próprias da ‘ilha dourada’. Neste âmbito, os deputados socialistas irão efetuar visitas a várias empresas ligadas aos setores da hotelaria e turismo, do comércio e da agricultura.
Para além disso, e à semelhança do que tem vindo a acontecer noutros concelhos da Região, a deslocação ao Porto Santo irá incluir a realização de mais uma edição da ‘Academia PS’, agora subordinada ao tema ‘Ambiente e Sustentabilidade’, que terá como oradora principal a deputada Sílvia Silva.
Milhões do erário público esbanjados
Aproveitando a estadia no Porto Santo, o PS irá denunciar aquelas que foram as opções erradas seguidas pelo Governo Regional naquela ilha, visitando alguns dos maus investimentos realizados e que custaram milhões e milhões de euros aos cofres públicos.
O caso mais recente é o projeto das microalgas, que representou um dispêndio de 45 milhões de euros e que já foi assumido pelo próprio Executivo como um “falhanço”, resultando num prejuízo milionário para as finanças públicas. O ‘Penedo do Sono’ é outra das infraestruturas inoperacionais e que já custou ao erário público mais de oito milhões de euros. Depois de construídas em 2003, as chamadas “Docas” foram concessionadas em 2017 ao Grupo Pestana, mas, passados dois anos, voltaram à esfera pública. Mesmo ao lado, também o estádio de desportos de praia está atualmente votado ao abandono, depois de um investimento que ultrapassou os dois milhões de euros.
“Estamos a falar de muitos milhões de euros que podiam servir para dar resposta aos reais problemas da população do Porto Santo, mas que foram gastos sem qualquer planeamento, apenas para responder à corrida desenfreada das inaugurações”, critica Sérgio Gonçalves, sublinhando que o PS irá continuar o seu papel fiscalizador e denunciador das políticas erradas e irresponsáveis do Governo Regional, ao mesmo tempo que apresenta as soluções para a melhoria das condições de vida dos madeirenses e porto-santenses.