InícioAtualidadePS QUER MODELO DE GESTÃO PARA OS TRILHOS DE BTT

PS QUER MODELO DE GESTÃO PARA OS TRILHOS DE BTT

Em conferência de imprensa, a deputada Sofia Canha salientou que as ilhas da Madeira e do Porto Santo têm caraterísticas por todos reconhecidas para a prática de uma diversidade de atividades de lazer e desportivas ligadas à natureza, uma das quais é o BTT, que tem crescido de forma exponencial, ajudando a diversificar a oferta turística, trazendo muitos turistas e, ao mesmo tempo, promovendo a Região.

A parlamentar lembrou que, a 21 de março deste ano, o PS deu entrada a um projeto de resolução que recomendava ao Governo Regional a elaboração de um plano para os trilhos de BTT, as verbas para a manutenção desses trilhos e que se previsse formas de sustentabilidade económica dos mesmos, ao mesmo tempo que se procedia à homologação dos existentes. Contudo, esta recomendação foi chumbada no Parlamento, com o argumento de que tudo isso já estava a ser cumprido e que os percursos existentes – sete – já estavam homologados. «Isto não é verdade. Não há nenhum percurso de BTT da Região que esteja homologado», disse Sofia Canha, acrescentando que aquilo que preocupa o partido e os utilizadores e promotores desta modalidade é que a utilização desregrada e sem qualquer regulação destes trilhos possa desencadear o desgaste das áreas onde se pratica o BTT e possa ter impactos na qualidade dos pisos e na própria segurança dos praticantes. Algo que pode também ter consequências em termos de promoção e de captação de público para a prática desta atividade.

Segundo a deputada, nesse mesmo mês, o Governo Regional anunciou que haveria um aumento de 45% da oferta de trilhos para bicicletas de montanha e que pretendia investir dois milhões de euros nos trilhos de BTT e percursos pedestres existentes. Algo que, frisou, «nós saudamos». No entanto, Sofia Canha vincou que não basta reconhecer a importância económica. «Torna-se necessário estabelecer e definir o modelo de gestão que se pretende para a Região», apontou, defendendo um sistema de sinalética devidamente homologado pela Federação Portuguesa de Ciclismo, orientação e informação dos visitantes utentes e identificação de aspetos ligados à segurança dos utilizadores dos trilhos, a par de elementos de interesse coletivo relativos à manutenção do equilíbrio ecológico, por forma a «manter uma utilização equilibrada, promotora e dinamizadora deste destino turístico que é a RAM, sem comprometer o seu usufruto pelas gerações futuras».

«Reunidas as condições económicas, a vontade e o reconhecimento do interesse, é preciso agora a questão do modelo de gestão que venha enquadrar e venha proteger de forma sustentável esta prática», rematou.