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PS-Porto Santo reclama permissão de atividades náuticas e pede apoios para as empresas locais

Os socialistas locais consideram mesmo que «o Porto Santo arrisca-se a morrer pelo excesso de cura e não pela doença Covid-19» e mostram-se preocupados com o «castigo infligido pelas entidades competentes» que, dizem, «está a prejudicar a vida e a saúde mental das pessoas».

Desde o dia 18 de março que Porto Santo está a viver o pior período da sua história, tendo os porto-santenses reconhecido a imprescindibilidade de adoção de medidas para assegurar o tratamento da Covid-19, adianta o PS, reconhecendo que foram adotadas medidas excecionais e temporárias de resposta à doença que foi qualificada pela Organização Mundial de Saúde como uma pandemia.

O PS-Porto Santo faz notar que, apesar de todas as dificuldades sentidas pela população e problemas vividos na comunidade e comércio local, num isolamento nunca visto anteriormente, «os porto-santenses cumpriram escrupulosamente todas as regras de confinamento e de isolamento social e regras de higiene e segurança emanadas pelas autoridades de saúde e pelo Governo Regional», ao ponto de, de momento, não haver doentes na ilha.

«Acontece que, neste momento de transição para a atual situação de calamidade pública, e com um quadro legal permissivo à prática de desportos ao ar livre, ao exercício de atividades náuticas e da pesca lúdica, o Porto Santo esperava ser compensado pelo bom comportamento.

No entanto, os cidadãos da ilha dourada estão a ser discriminados negativamente, comparativamente aos cidadãos residentes no continente português, que podem praticar atividades náuticas e de recreio, aceder às praias, praticar a pesca desportiva, nos termos previstos na Resolução do Conselho de Ministros n.º 33-C/2020, de 30 de abril», apontam os socialistas. Referindo que as pessoas não podem aceder à praia dourada de 9 km, que continua interdita a banhos, e à prática das atividades náuticas e desportos ao ar livre, o PS questiona o que fizeram os porto-santenses para merecerem «tamanho castigo por parte do presidente do Governo Regional e do presidente da Câmara Municipal».

Por outro lado, os socialistas denunciam que tarda em chegar o apoio efetivo às pessoas vulneráveis e carenciadas e às empresas locais, contrariando o prometido em reuniões virtuais, que não reúnem todos os empresários à mesma mesa. «Os empresários locais desesperam com a Câmara Municipal do Porto Santo, que não dispõe de nenhum apoio financeiro nem técnico para ajudar as empresas do concelho», refere o PS, acrescentado que, do Governo Regional, os mesmos (empresários) «ainda não viram cair um tostão nas suas contas para pagar salários e as suas despesas correntes».

Recorde-se que o grupo político do PS com assento na Assembleia Municipal e o vereador com assento na Câmara têm apoiado, recomendado e votado várias propostas de apoio aos alunos, pessoas e empresas do concelho, as quais «tardam em ver a luz do dia, por falta de planificação e de visão do PSD, que perdeu o seu norte».