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PS-M quer apoios a fundo perdido para as empresas e acusa Governo Regional de falta de sensibilidade

O cabeça de lista do Partido Socialista-Madeira às eleições para a Assembleia da República defendeu, hoje, a necessidade de haver apoios a fundo perdido para as empresas da Região, acusando o Governo Regional do PSD-CDS de não ter afetado quaisquer verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para o tecido empresarial.

Carlos Pereira, que falava no decorrer de uma visita da candidatura ao Engenho do Porto da Cruz, constatou o facto de haver empresários que continuam a “resistir” e a “aguentar a sua atividade económica graças ao esforço pessoal e de capital próprio”.

O candidato do PS referiu que na fase da pandemia foram criados apoios que foram significativos para a recuperação, como o lay-off, as moratórias e as linhas de crédito, assim como alguns apoios regionais, mas considerou que “era muito importante garantir que, depois desta fase difícil, fosse possível criar uma dinâmica da recuperação da economia regional”.

“Essa dinâmica de recuperação da economia regional exige que haja meios robustos para as empresas regionais, mas, infelizmente, nós observamos que na distribuição de meios do PRR que foi feita pelo Governo Regional não foi dedicada nenhuma verba para as empresas. Nós temos de lamentar que na divisão, que foi da responsabilidade do Governo Regional e da Região, tenham sido distribuídos mais de 800 milhões de euros sem dedicar nenhuma verba para as empresas”, apontou.

Na ótica de Carlos Pereira, esta é uma situação preocupante e que tem de ser corrigida, “porque as empresas precisam de ter meios para a recuperação, para capitalizar o seu negócio e também para fazer investimentos”.  Tal como frisou, estas questões são fundamentais para continuar a manter a atividade económica e criar emprego.

Temendo que no futuro haja uma discriminação negativa das empresas da Madeira relativamente às do continente e dos Açores, o cabeça de lista do PS-M lembra que, por exemplo, as empresas do arquipélago vizinho dispõem de 125 milhões de euros a fundo perdido. “Não se pode dizer que esta é uma decisão ideológica, porque o Governo Regional dos Açores é do PSD e, infelizmente, este Governo [da Madeira] não teve cautela, atenção, nem sensibilidade para salvaguardar as empresas e os empregos”, disse ainda.