Por seu turno, teme que, se os privados são mais eficientes na gestão dos interesses públicos, “dentro de pouco tempo vamos ter uma gestão privada do governo”. Uma situação que diz já ter começado. “A participação privada no seu governo é cada vez maior”, afirmou dirigindo-se a Miguel Albuquerque.
Por outro lado, o deputado socialista Vítor Freitas interrogou o presidente do governo: “Como pode haver um ajuste directo com transparência, se toda a gente já sabe quem vai ganhar”.
Já o depuado Avelino Conceição referiu que o PS não entende por que razão a gestão do CINM não é pública e perguntou ao presidente a Albuquerque qual é o acordo que existe com certos grupos empresariais, nomeadamente com o grupo Sousa e o grupo Pestana.
Note-se que o Grupo Parlamentar do PS-M, nos últimos meses, tem defendido que é preciso apontar um caminho, mostrando a importância e a relevância de preservar e alavancar o CINM, enquanto instrumento de diversificação da economia e de criação de riqueza e emprego. Para isso, exigiu um envolvimento mais consistente do sector público e da Região Autónoma da Madeira.
Para traçar este percurso até à renovação do CINM é necessária a revolução na sua competitividade, urge redefinir os termos da sua exploração e, por isso, o PS-M defendeu um modelo de gestão pública no CINM, tendo sido reprovada pelo PSD-M que continua a favorecer certos empresários.