Victor Freitas insurge-se publicamente contra o que considera ser a forma “despudorada com que o vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado, age em função de interesses empresariais, mas, acima de tudo, do próprio interesse, utilizando para o efeito o dinheiro de todos os madeirenses e porto-santenses.
Depois de saltar da política, sem qualquer período de nojo, para o mundo empresarial, servindo a empresa à qual adjudicava obras, quando era vice-presidente da Câmara Municipal do Funchal, para logo a seguir saltar do mundo empresarial para a vice-presidência do Governo, adjudicando e canalizando obras para a empresa da qual ele é um alto quadro.
Nunca é por demais lembrar que, por duas vezes, as decisões do Conselho de Governo foram tornadas nulas devido à participação do vice-presidente na tomada de decisão de adjudicação de obras públicas a empresas a que esteve ligado profissionalmente, por não observar o regime de incompatibilidades e impedimentos.
Somam-se a esta situação outras tantas em que Pedro Calado, pouco tempo depois de chegar ao Governo, pagou a empresários, em acordos extrajudiciais, inclusive à empresa da qual ele é um alto responsável, bem como assumiu encargos orçamentais, para pagar três milhões à AFAVIAS, alegadamente referentes a indemnizações de atrasos na entrega dos terrenos expropriados, livres e desocupados, que levaram a um aumento de custo de construção previsto para as referidas empreitadas.
Estes dias, fomos mais uma vez confrontados com o conúbio incestuoso entre as empresas que mais adjudicações têm do Governo no patrocínio à equipa de rali em que Pedro Calado é copiloto”.
O deputado socialista questiona, em jeito de desafio: “Se Pedro Calado não fosse vice-presidente do Governo, obtinha estes patrocínios?
Por que razão estas empresas que prestam serviços e fazem obras para o Governo patrocinam esta equipa de rali e não outras?”.