O Grupo Parlamentar do Partido Socialista esteve ontem reunido com a Federação das Associações Humanitárias de Bombeiros Voluntários. Um encontro de trabalho que teve em vista ouvir as preocupações deste organismo, de modo a tentar encontrar soluções para os problemas que afetam a classe.
Um dos assuntos que tem de ser resolvido o quanto antes tem a ver com a criação de um estatuto profissional próprio para os bombeiros profissionais das associações humanitárias que confira uma melhoria e uma dignificação da carreira. Refira-se que a Federação já entregou ao Governo Regional uma proposta neste sentido, mas a mesma continua sem ver a luz do dia, já que o Executivo não a fez chegar ainda à Assembleia Legislativa da Madeira para ser discutida e votada.
No entender do Grupo Parlamentar do PS, e conforme foi transmitido pela Federação, torna-se fundamental existir um estatuto profissional, como existe para os bombeiros sapadores, que defina os direitos, os deveres, as condições de carreira e o estatuto remuneratório que tornem a carreira mais apelativa. Saliente-se que, se não se reverter a atual situação, haverá muita dificuldade em motivar e mobilizar novos elementos para as associações humanitárias, já que a falta de uniformização remuneratória e de direitos leva a injustiças ou a desigualdades desmobilizadoras. Isto porque os bombeiros profissionais das associações humanitárias têm as mesmas obrigações formativas e exigências em relação aos bombeiros sapadores, mas a tabela remuneratória é muito diferente. Com uma certa relutância que existe em criar corporações de bombeiros sapadores, pelos custos que implicam, naturalmente quem sai prejudicado são os bombeiros das associações humanitárias.
Outra questão que deve ser revista tem a ver com o pagamento que é feito aos bombeiros no âmbito do Plano Operacional de Combate a Incêndios Rurais. Estes elementos recebem 32,5 euros por 12 horas de trabalho, valor que é manifestamente baixo, tendo em conta a natureza das funções que desempenham.
O PS alerta ainda para a necessidade de haver uma uniformização em alta dos apoios à alimentação, que são da competência das câmaras municipais.