O presidente do PS-Madeira defendeu, hoje, a necessidade de reforçar o número de enfermeiros na Região para atender às cada vez maiores necessidades decorrentes do envelhecimento populacional, mas também para fazer face ao significativo número de profissionais que irão para a reforma nos próximos anos.
Sérgio Gonçalves falava esta tarde, após uma reunião com a Secção Regional da Madeira da Ordem dos Enfermeiros, encontro que teve como intuito conhecer as principais preocupações desta classe profissional e abordar a situação do setor da Saúde, onde se destacam, por exemplo, problemas relacionados com as listas de espera, com as altas problemáticas e ao nível dos cuidados primários.
Na ocasião, o líder socialista deu conta que, até 2030, cerca de 400 profissionais entrarão em aposentação, pelo que “é necessário não só renovar todos estes quadros, como também reforçar, dado que há cada vez mais necessidades ao nível da Região, com o próprio envelhecimento da população”.
Nesse sentido, considerou que é preciso criar condições para que os profissionais queiram fixar-se na Região, não só no que se refere ao nível remuneratório, mas também através do cumprimento de promessas que foram sendo feitas pelo Governo Regional e que, até agora, não foram cumpridas. Exemplo disso, apontou, são as compensações devido à pandemia de Covid-19 prometidas em 2020, 2021 e 2022. “Chegados a 2023, já ouvimos o secretário regional com a tutela a dizer que serão pagas, mas, uma vez mais, parece-nos uma medida eleitoralista, dado que depois de ter todos os profissionais à espera quase três anos, agora, em cima das eleições regionais, é que esse procedimento será executado e serão pagos esses prémios devidos”, disse.
Sérgio Gonçalves referiu, aliás, que esta não é uma situação exclusiva dos enfermeiros, lembrando a recente vinculação extraordinária para os professores ao fim três anos. “Sabemos que o Governo Regional tem por norma fazê-lo apenas de cinco em cinco anos, não cumprindo com a própria diretiva comunitária que diz que deve ser feita a vinculação ao fim de três anos”, declarou, reiterando que se trata de medidas eleitoralistas. “Aquilo que nós vamos fazer, quando formos Governo Regional, é dar condições aos profissionais, todos os anos, sempre que tal é devido e é merecido, e não apenas quando estamos em período de campanha eleitoral”, rematou.