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PS defende Plano Regional de Saúde Mental Escolar

Em conferência de imprensa realizada esta manhã junto à escola básica dos 2.º e 3.º ciclos de Santo António, o deputado Rui Caetano referiu que os estabelecimentos de ensino já receberam no final do mês passado as orientações da Secretaria Regional de Educação e das autoridades regionais de Saúde para a organização do próximo ano letivo. Contudo, constatou que a tutela dá autonomia às escolas para este processo, mas não lhes dá os meios. «Para se reorganizar a escola de forma adequada, para que se encontrem as respostas diferenciadas para todos e cada um dos alunos, é necessário mais recursos humanos», disse, vincando serem precisos mais professores, mais funcionários e, inclusive, mais psicólogos, já que nesta fase de pandemia «houve muitos problemas do ponto de vista psicológico para os alunos», resultantes de questões como o confinamento, o desconfinamento, o uso das máscaras, o regresso à escola e, ainda, o desemprego que afeta muitas famílias.

Tendo em conta esta situação, Rui Caetano defendeu que é necessário um Plano Regional de Saúde Mental Escolar, «para que haja mais recursos humanos e pedagógicos nas escolas, de modo a que se consiga atender a todos estes alunos». Na ótica do deputado socialista, este trabalho deverá ser feito não só dentro da escola, mas deve envolver também os centros de saúde, o SESARAM, outros técnicos e enfermeiros desta especialidade.

O parlamentar sublinhou ainda que nas orientações da Secretaria Regional de Educação há muitas mudanças do ponto de vista reorganizativo, mas, do ponto de vista dos recursos, estes são exatamente os mesmos dos anos anteriores. «Os professores, os funcionários, os psicólogos, o financiamento e o crédito horário são iguais ao ano anterior», reforçou.

Por outro lado, Rui Caetano disse que a tutela faltou à verdade quando afirmou que a média de alunos por turma na Região é à volta de 20. Tal como explicou, se retirarmos os cursos profissionais, os CEF e os cursos noturnos, «temos uma média na maioria das nossas escolas de 25, 26, 27 e até 28 alunos dentro das salas de aula». O socialista questiona, por isso, como será garantido o espaçamento necessário, bem como o que irá acontecer em relação à educação física e ao desporto escolar.