Após a mudança de gerência, e também na sequência da pandemia, o hotel – que foi pioneiro em Portugal no que se refere à certificação e implementação de boas práticas ambientais – tem vindo a passar por dificuldades. No entanto, as dívidas à Segurança Social não possibilitaram o acesso ao regime de lay-off simplificado, pelo que a sustentabilidade da unidade está em risco. Até ao momento, 18 trabalhadores aceitaram a suspensão do contrato de trabalho, estando a auferir das respetivas prestações, mas os restantes funcionários continuam sem receber.
A vereadora socialista não esconde a sua inquietação em relação aos postos de trabalho e à própria viabilidade da empresa, apelando ao Governo Regional, nomeadamente a Inspeção Regional do Trabalho, que acompanhe esta situação.
Sofia Canha lembra que o Hotel Jardim Atlântico constitui uma importante entidade empregadora no concelho da Calheta e teme que, na eventualidade de um desfecho menos favorável para a unidade, possa aumentar o desemprego naquele município. Isto numa altura em que são também muitos os emigrantes calhetenses no Reino Unido que estão a regressar à sua terra por causa da falta de trabalho, o que constitui um outro foco de preocupação.