InícioAtualidadePS defende novo modelo económico que produza efeitos na vida de todos...

PS defende novo modelo económico que produza efeitos na vida de todos os madeirenses

Paulo Cafôfo apontou, hoje, o objetivo de, com um Governo do PS, implementar um novo modelo económico na Região que produza resultados na vida de todos os madeirenses.

Nos Estados Gerais do Partido, que discutem esta manhã a temática da Economia, o presidente do PS-M começou por garantir que só o PS será capaz de garantir a estabilidade na Região, estabelecendo compromissos para os problemas que a Madeira enfrenta. “Queremos apresentar um modelo económico para a nossa Região, porque este modelo está esgotado”, afirmou, notando o facto de, apesar de terem vindo a ser batidos recordes do PIB, os mesmos não corresponderem a uma maior igualdade de oportunidades e a um melhor rendimento para a generalidade dos madeirenses. “Tem de haver uma conciliação entre o crescimento económico a qualidade de vida e o bem-estar da população”, frisou.

O líder socialista apontou os eixos de desenvolvimento que o partido preconiza, destacando o investimento público como uma mola que impulsiona e contagia o tecido empresarial e económico, mas que tem de ter um caráter reprodutivo, ou seja, um efeito nas pessoas e naquilo que é o seu bem-estar.

Paulo Cafôfo esclareceu que o PS não é contra as obras públicas. Pelo contrário, é a favor das obras que possam ter um efeito na vida direta dos cidadãos e que sejam úteis, disse, exemplificando com a questão das infraestruturas e da mobilidade. “Se olharmos para a zona oeste, a Ribeira Brava não pode ser o fim da via rápida, porque temos Ponta do Sol e Calheta com um grande crescimento e é preciso pensar nesse aspeto, mas também na zona Este, para Santa cruz e Caniço, com outro tipo de mobilidade, que seja limpa, rápida e sem constrangimentos de trânsito”, adiantou o socialista, focando igualmente como fundamentais os investimentos na área da Saúde, na questão social, na educação, formação e especialização técnica e profissional.

A valorização dos setores tradicionais, como a agricultura e o turismo, é outra das áreas prioritárias, com o líder socialista a apontar a necessidade de os tornar mais competitivos, mas a defender também a importância de apostar em novas áreas, com o investimento do Governo a servir para captar mais investimento, “porque não podemos estar dependentes de um investimento que seja só imobiliário”.

Para Paulo Cafôfo, é necessário alocar recursos do Governo para áreas estratégicas, bem definidas, como sejam a economia azul, o mar, a energia, as novas tecnologias e o digital, fundamentais para a criação de emprego qualificado e melhor remunerado. Como vincou, é necessária uma aposta “arrojada” em novos setores, sendo que, para isso, a Região precisa de se aliar a quem, internacionalmente, tem conhecimento e experiência e nos pode ajudar a ganhar escala.

O presidente do PS-M não esqueceu igualmente a Administração Pública como um motor importante da economia, mas “uma administração pública que esteja ao serviço dos cidadãos e não de quem está no Governo”. Neste campo, salientou que é preciso um ambiente político que liberte os funcionários públicos da pressão a que estão sujeitos, garantindo que, com um Governo do PS, não haverá saneamentos na Administração Pública, irão acabar as represálias e as vinganças e os trabalhadores serão valorizados e respeitados.

PS vai construir programa para combater desigualdades e distribuir a riqueza

Gonçalo Leite Velho apontou o objetivo do PS-Madeira de criar um programa que seja capaz de combater as desigualdades e distribuir, de forma justa, a riqueza na Região.

O coordenador dos Estados Gerais do PS referiu-se às notícias que dão conta do excedente orçamental do Estado, afirmando que “se já tivemos problemas ao nível do País acerca da questão de excedentes orçamentais que criaram constrangimentos”, aqui na Madeira, por força das desigualdades, estes números são ainda mais acutilantes. “Temos uma situação de grave desigualdade social, situações de pobreza, hospitais sem medicamentos, problemas de mobilidade. É estranho e incompreensível que se apresente um excedente orçamental de quase 10% – cerca de 150 milhões de euros – para uma despesa orçamental que anda à volta das 1.500 milhões de euros”, expressou.

No entender de Gonçalo Leite Velho, este é um exemplo que demonstra a importância de “conseguirmos ter um programa para a Região que saiba efetivamente distribuir a riqueza, que saiba combater as desigualdades e que saiba conduzir para uma prosperidade que diz respeito a todos”.

O responsável salientou ainda que os Estados gerais têm como objetivo ouvir as pessoas e auscultar a sociedade civil acerca dos problemas que enfrentam para que seja possível depois desenvolver um programa político para a Região.