InícioAtualidadePS defende acréscimo regional de 5% ao Salário Mínimo

PS defende acréscimo regional de 5% ao Salário Mínimo

O Grupo Parlamentar do PS vai propor, em sede de Orçamento Regional, que o acréscimo regional ao Salário Mínimo Nacional seja de 5%, ao invés dos 3,6% ontem anunciados pela secretária regional da Inclusão e Juventude. A proposta socialista preconiza que, na Região, o salário mínimo a vigorar no ano de 2024 seja de 861 euros.

Em conferência de imprensa realizada esta manhã, o deputado Rui Caetano considerou “inaceitável” a proposta apresentada pelo Executivo. “Na região que tem o poder de compra mais baixo, os salários médios mensais líquidos mais baixos, uma das mais altas taxas de risco de pobreza e exclusão social do país, em que o Governo Regional vai aos bolsos dos madeirenses buscar mais de mil milhões de euros de impostos, consideramos que o Governo deveria ter sido mais ousado e deveria ter redistribuído melhor a riqueza e os impostos dos madeirenses por quem trabalha”, afirmou o parlamentar.

Além do aumento do acréscimo regional, para que o Salário Mínimo passe a ser de 861 euros, os socialistas entendem que o Governo Regional deve negociar com os patrões, de modo a que seja aplicada na Região uma Agenda do Trabalho Digno, para que seja possível conciliar a vida familiar com a vida profissional, combater a precariedade laboral, mas também aumentar os salários intermédios. “Não podemos continuar a assistir – e bem – ao aumento do Salário Mínimo Nacional, mas depois os salários médios permanecerem inalterados ou com aumentos demasiado reduzidos”, observou.

Como referiu Rui Caetano, todos os dias ouvimos o Governo Regional e falar do crescimento da economia e as empresas a falarem do crescimento dos seus lucros (como por exemplo nas áreas do turismo, das tecnologias e da construção civil), no entanto, apesar desses proveitos aumentarem substancialmente, os salários permanecem praticamente inalterados. “É preciso aplicar na Região Autónoma da Madeira uma Agenda do Trabalho Digno, de forma a valorizar os salários dos trabalhadores, a valorizar o trabalho e a combater o facto de sermos a região com o poder de compra mais baixo do País”, rematou.