Carlos Pereira defendeu, hoje, que o Governo Regional deve tomar medidas no sentido de acrescentar apoios àqueles que já são implementados pela República, para fazer face à inflação e à consequente perda do poder de compra dos cidadãos. Situação que se reveste da maior importância, atendendo à nossa condição insular.
Na prática, o deputado do PS Madeira à Assembleia da República defende um aumento do acréscimo regional ao salário mínimo de 2% para 5% e que haja um complemento ao apoio que já é dado às famílias beneficiárias da tarifa social de eletricidade.
“Os governos devem, de meu ponto de vista, atuar sobretudo junto dos setores mais frágeis da nossa sociedade, porque são esses que efetivamente sofrem mais com esta perda de poder de compra”, afirmou Carlos Pereira em conferência de imprensa.
Conforme explicou, o Executivo nacional já criou duas vagas de apoios paras as famílias e para as empresas, sobretudo aquelas que estão dependentes do custo da energia, medidas essas que têm afetado positivamente a Madeira. De entre estas são exemplos o apoio extraordinário de 60 euros para as famílias que têm acesso à tarifa de eletricidade, que já abrange cerca de 20 mil famílias madeirenses, bem como a possibilidade de redução do ISP, plasmada no Orçamento do Estado e que permite que as famílias e as empresas possam beneficiar de custos de combustíveis mais baratos.
Não obstante, atendendo à nossa condição ultraperiférica e à Autonomia de que dispomos, Carlos Pereira entende que o Governo Regional tem um Orçamento Regional e deve intervir junto dos que mais precisam. “Sabendo que a inflação não é conjuntural, que será significativa até ao fim do ano e que no próximo ano ainda se manterá a níveis elevados, parece-me evidente que é indispensável que o Governo Regional junte aos apoios que foram implementados pelo Governo Nacional outros apoios para as famílias regionais”, disse o parlamentar eleito pelo círculo eleitoral da Madeira.
Por um lado, Carlos Pereira defende que o Executivo madeirense complemente o apoio extraordinário que tem sido dado pelo Governo da República no que se refere às famílias que têm acesso à tarifa social de eletricidade, “porventura aumentando mais um salário além daquele que está previsto”.
Por outro lado, o socialista considera que o Governo Regional deve aumentar o acréscimo ao salário mínimo na Região dos atuais 2% para 5%. Conforme apontou, a Madeira tem um salário mínimo mais elevado do que aquele que se pratica no continente, mas mais baixo do que aquele que se pratica na Região Autónoma dos Açores, pelo que “é altura” de o Governo Regional aumentar esse adicional, equiparando-o aos 5% aplicados nos Açores.
“Estas duas medidas são muito importantes para ajudar as famílias madeirenses, sobretudo aquelas mais necessitadas, a ultrapassar as dificuldades que esta inflação tem vindo a trazer, nomeadamente na diminuição do poder de compra”, vincou o deputado socialista.