Tal como já expressou diversas vezes, Paulo Cafôfo coloca na educação a responsabilidade pelo sucesso da terra. É, segundo diz, a educação e a formação dos madeirenses e porto-santenses que lhes dará as valências para construir uma Madeira melhor.
Uma das questões colocadas prendeu-se com a promessa feita pelo candidato ao Governo Regional de um ensino obrigatório gratuito e dos benefícios que traria para a Madeira. Para Cafôfo, esta medida não é apenas um cumprir de uma obrigação constitucional. É sim um apoio às famílias no alívio dos encargos com a educação que se estendem desde a creche ao ensino superior. Uma forma de combater a elevada taxa de abandono escolar, um flagelo que ocorre com 26% dos alunos do ensino secundário.
“Não temos nem petróleo nem diamantes, mas temos pessoas” com vontade de trabalhar e ultrapassar problemas, afirmou. Para tal, considera ser necessário garantir oportunidades para uma maior qualificação que consequentemente levará a mais emprego e a um maior contributo para a região.
É urgente evitar que pessoas com vontade, capacidade e amor à terra saiam da RAM. E, para isso, a gratuitidade do ensino é uma bandeira que não pretende abandonar.
Não só alunos, mas escolas e professores. Toda uma reforma no ensino que considera essencial para a prosperidade da Madeira. Como professor, Paulo Cafôfo assiste com pesar à constante desvalorização de que a classe é alvo apesar de suportar o peso de um sistema educativo que não funciona.
E a autonomia. Questão que também se aplica às escolas e que considera essencial para o sucesso da rede escolar. Os estabelecimentos têm a sua identidade, os alunos são diferentes, e as escolas têm de ter recursos humanos e financeiros para tomar as suas próprias decisões e definir o projeto educativo que melhor se adequa.
“Não há professores há mais, há sim escola a menos e é esta situação que tem de ser invertida.”