InícioAtualidadePAULO CAFÔFO DENUNCIA AUSÊNCIA DE ESTRATÉGIA DO GOVERNO REGIONAL PARA A MOBILIDADE

PAULO CAFÔFO DENUNCIA AUSÊNCIA DE ESTRATÉGIA DO GOVERNO REGIONAL PARA A MOBILIDADE

Em declarações ao DIÁRIO, o candidato do PS-Madeira à Eleições Regionais de 2019 aponta uma solução para acabar de vez com os problemas gerados pelo modelo de mobilidade “criado pelo governo regional em articulação com o governo de Passos Coelho: acabar com o teto dos 400 euros; introduzir uma nova companhia aérea na rota Madeira-Lisboa; não adiantar quantias exorbitantes no ato de compra das passagens; negociar o preço estabelecido de 86 euros”.

Recordando que o Estado tem assegurado a continuidade territorial através do financiamento, Paulo Cafôfo afirma que o modelo atual “é insuportável porque estamos a financiar, não os madeirenses, mas sim as companhias aéreas, com prejuízo económico para a Região porque o valor a pagar por quem nos quer visitar é exorbitante”.

Os reflexos no turismo estão à vista de todos. “Em termos de turismo os números nacionais estão fantásticos. Se formos comparar 2017 com 2018, no mês de maio, na região houve um aumento de hóspedes de 1,2% e em Portugal Continental um crescimento de 3,5%. A Região não está a acompanhar o crescimento do turismo nacional”.

Relativamente às limitações do Aeroporto da Madeira, Paulo Cafôfo sublinha a necessidade de ter um plano de contingência para fazer face às limitações de vento. “Nós não podemos ser baratas tontas. Estas situações têm que estar protocolizadas. Quando um avião não consegue aterrar na Madeira, o que se faz? Primeiro, o Aeroporto do Porto Santo tem que ser encarado como um aeroporto alternativo ao Aeroporto da Madeira. E têm que ser estabelecidos acordos com os hoteleiros da ilha, com os agentes turísticos, com a Porto Santo Line. Tem que haver uma espécie de plano de emergência”, remata.

Sobre a TAP, o candidato do PS-M afirma que, sendo uma companhia de bandeira, não pode tratar a Madeira como trata outras rotas. “Se têm falta de aviões ou de tripulação, não se pode comprometer os voos para as ilhas. Porque nós não temos alternativas. Muita coisa pode falhar na TAP mas para a Madeira não pode”. Paulo Cafôfo aponta ainda a importância de “criar as condições para que uma companhia aérea que queira vir para a Região possa fazê-lo. Há custos que têm de ser assumidos. Qualquer investimento feito seria muito mais vantajoso que os 33 milhões que se gastaram o ano passado”, afirma.