Sofia Canha, coordenadora da área do Desenvolvimento Social, alertou para o facto de este ser “um flagelo mundial” que “apesar de todos os apoios e assistência social que os governos sucessivos têm prestado” ainda não foi possível erradicar.
A deputada socialista defendeu que é preciso definir a pobreza no contexto atual acrescentado que “é preciso estabilidade económica e são precisas medidas de fundo na área da economia, para reverter toda a esta situação”.
“Os apoios sociais são importantes, mas devem ser transitórios, porque o que se deve eliminar de fundo é a pobreza e as razões essenciais da pobreza”, salientou
Segundo Sofia Canha, o objetivo desta iniciativa é não só fazer uma reflexão sobre esta temática como também problematizar a questão. Confrontada com a realidade da pobreza na Região Autónoma, disse que não existe um levantamento estatístico, mas que a nível nacional cerca de 19% da população encontra-se no limiar da pobreza, com apoios sociais, o que permite estimar a situação na Madeira.
Presente esteve também Paulo Cafôfo que afirmou que o grande desafio se prende com compreender a realidade e assim construir propostas que respondam às necessidades. Para o candidato socialista ao Governo Regional a situação requer que todos sejam agentes transformadores e que se envolvam no processo de capacitar e emancipar estas pessoas.
“O objetivo é dotar as pessoas dos meios para poderem elas sair da situação em que se encontram e ser uma situação provisória e não permanente”, salientou.
O debate teve como convidados Margarida Moraes (presidente da Associação Monte de Amigos), Madalena Nunes (vereadora da Câmara Municipal do Funchal,) e o padre José Luís Rodrigues.