Em entrevista ao JM, o autarca deixou elogios à Câmara e à sua equipa, sublinhando que, cinco anos depois, a casa está arrumada e os problemas financeiros resolvidos. Sem ajuda do Governo Regional, como relembra Cafôfo, a dívida foi reduzida em mais de metade e a cidade ganhou, finalmente, um rumo. No entanto, para Paulo Cafôfo, o grande investimento do seu executivo foi nas pessoas. “Não interessa ter a casa arrumada e depois não haver consequência na vida das pessoas”, afirmou.
O presidente da Câmara Municipal do Funchal considera que a diferença na sua gestão está na preocupação com aqueles que têm mais dificuldades. Cafôfo sublinha que a equipa liderada por si assumiu a Câmara numa altura de dificuldade, em que não existia uma série de programas sociais que entretanto foram criados. O subsídio municipal de arrendamento, o apoio à natalidade e à infância, através dos manuais escolares gratuitos e das bolsas universitárias são apenas alguns desses exemplos.
“As pessoas não tinham qualquer ajuda e agora têm”, disse. Apesar de saber que não diminuíram as dificuldades das pessoas, aumentaram as ajudas. Cafôfo acredita ainda que, independentemente do crescimento que surge nas estatísticas, há ainda um grande caminho a percorrer no sentido de melhorar a qualidade de vida da população.
Segundo Paulo Cafôfo, antes de 2013 o Funchal era uma cidade sem rumo e agora conta com um Plano Diretor Municipal, um Plano da Mobilidade Urbana Sustentável, um Plano para Integração das Comunidades Desfavorecidas, entre outros que permitirão a quem vier a seguir saber a estratégia a seguir. Para o autarca, a vontade de atrair investimento não pode deixar de ter em conta a necessidade de existir regras que não coloquem em risco o ordenamento da cidade. O investimento na cidade tem de ter qualidade e permitir o usufruto da população.
Na entrevista ao JM, Cafôfo abordou algumas das principais críticas feitas pela oposição à sua atuação no município e lamenta que o atual presidente do Governo Regional, enquanto ex-presidente da CMF, não marque presença nas celebrações do Dia da Cidade para encarar a os funchalenses e a nova realidade do município. Sobre as eleições regionais do próximo ano, Cafôfo disse ainda acreditar que os funchalenses não o vão penalizar por não cumprir o mandato até ao fim por saber que também eles anseiam por um futuro melhor para a Região Autónoma da Madeira.