As Mulheres Socialistas da Madeira (representadas pela sua presidente, Mafalda Gonçalves, pela vice-presidente do PS-M, Luísa Paolinelli, e pela deputada à Assembleia da República, Marta Freitas) participaram, ontem, na reunião da Comissão Política Nacional, que se realizou em Lisboa.
Na oportunidade, a presidente das Mulheres Socialistas da Madeira referiu que apesar dos muitos avanços já concretizados em termos de igualdade, há ainda um longo caminho a percorrer. “Apesar de a lei determinar que as listas apresentadas em eleições para cargos políticos são constituídas com, pelo menos, 40% de mulheres, a verdade é que, quando olhamos, por exemplo, para a composição dos órgãos autárquicos, não vemos a Lei da Paridade a ser transposta em termos de mandatos efetivos”, disse Mafalda Gonçalves, considerando que seria importante que, na prática, a Lei fosse uma realidade e não apenas para compor as listas.
A responsável sublinhou também a importância de se cumprir a recomendação de que os dois primeiros lugares das listas de candidatos e candidatas às eleições sejam ocupados por pessoas de sexo diferente. Reiterou que os critérios serão sempre a competência e o mérito, os quais têm obrigatoriamente de ser aplicados a todos os elementos que compõem as listas, sejam homens ou mulheres.
A presidente das Mulheres Socialistas da Madeira lamentou ainda o facto de a Assembleia Legislativa da Região Autónoma da Madeira ser o único Parlamento do país que não cumpre a paridade.
Por seu turno, a vice-presidente do PS-M, Luísa Paolinelli, apontou a confusão, alimentada pelo PSD-Madeira, existente na Região entre o socialismo soviético ou ditatorial, como o da Venezuela, e o socialismo humanista, centrado nas preocupações sociais, com atenção à melhoria das condições de vida de toda a população, incluindo, neste âmbito, a preocupação das mulheres.
De referir que nesta reunião foi discutida a estratégia para as próximas eleições legislativas nacionais. Aqui, a presidente das MS-ID, Elza Pais, recomendou que não se esqueça o respeito pela lei da Paridade nas listas e da alternância de sexos nos dois primeiros lugares, incentivando a que as estruturas da JS adotem também a indicação paritária de membros para as listas.