Durante uma intervenção no plenário na Assembleia Legislativa da Madeira, o líder parlamentar do PS-M, Miguel Iglésias, exigiu que existam consequências no caso do professor Joaquim Sousa.
Para Miguel Iglésias, a decisão do Supremo Tribunal Administrativo de dar razão ao docente suspenso por 6 meses sem vencimento num processo movido pela Secretaria Regional de Educação é um exemplo de que “há casos na política que são marcantes, e que nos dizem muito sobre quem nos governa.”
Na origem da suspensão que o parlamentar considera injustificável estiveram acusações como “ter distribuído horários por email e na plataforma eletrónica, e não em papel, de ter requisitado docentes para além das necessidades reais ou de alegados atrasos na elaboração dos horários semanais de trabalho dos docentes.”
O líder da bancada parlamentar socialista considera que agora que a decisão foi tomada a favor de Joaquim Sousa é preciso retirar consequências políticas num processo que teve como vítimas o docente e a sua família cuja segurança familiar e financeira foi posta em causa.
Entretanto, o Inspetor Regional da Educação colocou o seu lugar à disposição, justificando-se pelo respeito pelos órgãos de gestão das escolas, os trabalhadores docentes e não docentes, e por entender que quem está em cargos dirigentes tem de ter uma dimensão ética fundamental, levando Miguel Iglésias a questionar “para onde vai essa dimensão ética, quando o Secretário Regional da Educação, mentor do processo movido ao professor Joaquim Sousa, deixa tudo em águas de bacalhau e não tem a humildade de reconhecer o erro cometido?”.
O parlamentar concluiu ainda que este caso só demonstra a falta de caráter dos responsáveis, prejudicando a “vida de uma pessoa e da sua família por maldade e prepotência.”