Miguel Brito, vereador do PS na Câmara Municipal do Porto Santo, questiona de que forma é que a Sociedade de Desenvolvimento irá assumir o custo da remodelação do Complexo de Ténis do Porto Santo, ontem anunciada pelo presidente do Governo Regional numa deslocação àquela ilha.
Na ocasião, Miguel Albuquerque adiantou que a requalificação desta infraestrutura, num valor que ascende a 600 mil euros, será feita com capitais próprios da Sociedade de Desenvolvimento.
Ora, o também deputado do PS questiona, precisamente, que capitais próprios são esses, já que as Sociedades de Desenvolvimento se encontram em falência técnica e dependem exclusivamente das injeções de capital do Governo Regional, como, aliás, tem vindo a acontecer de forma recorrente. “Miguel Albuquerque não conhece a realidade financeira destas sociedades?”, pergunta, de forma irónica, Miguel Brito, criticando o “despesismo imoral” do Executivo com estes organismos, à custa dos impostos dos madeirenses e porto-santenses. Um facto que, recorde-se, tem vindo a ser denunciado pelo PS, que defende a extinção destas Sociedades.
Por outro lado, o socialista não deixa de questionar a premência desta intervenção neste momento, não só porque há outras prioridades na ilha às quais é necessário acudir, mas também porque, conforme tem sido constatável, o número de eventos que ali têm sido realizados não compensou o investimento feito.
No entender de Miguel Brito, uma das áreas onde é urgente intervir consiste na limpeza das represas e canais, de modo a fazer um melhor aproveitamento das águas pluviais. Numa altura em que, como foi anunciado, o Porto Santo registou o dobro da precipitação no mês de dezembro, o vereador do PS constata que as represas estão praticamente vazias, precisamente devido à falta da referida manutenção. Trata-se, conforme sublinha, de uma intervenção prioritária para garantir que os agricultores da ilha possam depois ter água de rega para as suas culturas.
O socialista aponta, igualmente, a importância de apostar na requalificação do destino, na manutenção dos percursos pedestres e dos miradouros, na calendarização de novos eventos, na recuperação do património e até do próprio parque de campismo, este último da responsabilidade da Sociedade de Desenvolvimento do Porto Santo.