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Madeirenses querem um sistema de saúde que funcione e não a propaganda habitual do Governo Regional

O presidente do PS-Madeira denunciou, hoje, os inúmeros problemas que continuam a existir no acesso à saúde na Região, ao mesmo tempo que o Governo Regional “continua a refugiar-se na propaganda do costume”.

Em conferência de imprensa realizada junto ao Hospital Doutor Nélio Mendonça, Sérgio Gonçalves apontou como exemplos o “caos” verificado esta semana nas urgências devido à maior afluência de doentes, as recentes notícias de rutura de medicamentos, bem como a duplicação das listas de espera desde que Miguel Albuquerque é presidente do Governo. Enquanto isto, criticou, “vemos o Governo Regional, também esta semana, a anunciar a intenção de ter o melhor sistema de saúde do mundo e, inclusivamente, a dizer que há pessoas nos Estados Unidos ou na Suécia que, quando querem uma segunda opinião, se dirigem ao SESARAM”.

O líder socialista desmascarou esta falsidade, apontando precisamente as dificuldades existentes no acesso à saúde. “Aquilo que os madeirenses querem, mais do que o melhor sistema de saúde do mundo, é um sistema de saúde que funcione. E este, apesar de ter um investimento como nunca em recursos humanos e financeiros – do qual o Governo Regional dá nota tantas vezes – efetivamente não resolve os problemas, não trata os doentes, que é aquilo que de mais básico um sistema regional de saúde deveria fazer”, afirmou.

Sérgio Gonçalves criticou também o facto de, mesmo depois de aprovada uma resolução na Assembleia Legislativa da Madeira para abrir as urgências de Santana e Porto Moniz 24 horas por dia, estes serviços continuarem encerrados no período noturno, com consequências para as populações destas localidades.

O presidente do PS-M voltou a insistir na necessidade de implementar tempos máximos de resposta garantidos, algo que daria previsibilidade às pessoas em relação ao momento no qual poderiam ser atendidas e permitiria que conhecessem a sua posição nas listas de espera, sendo que, caso o sistema regional de saúde público não desse resposta, poderiam recorrer ao privado a expensas do público. Frisou, aliás, que esta é uma das grandes dificuldades existentes, pois “quem não tem capacidade para ir ao privado resolver um problema de saúde fica anos e anos numa lista de espera para um exame, para uma consulta ou para uma cirurgia”.

Por outro lado, Sérgio Gonçalves acusou o Governo Regional de ser “uma verdadeira força de bloqueio, apoiado por uma maioria parlamentar que rejeita propostas relacionadas com a área da saúde, que viriam resolver alguns destes problemas”. Vincou que estas problemáticas não estão relacionadas com os “excelentes profissionais de saúde que temos”, mas que o sistema não funciona “por responsabilidade única e exclusiva da Secretaria Regional da saúde e do Governo Regional”.