InícioAtualidadeMarta Freitas defende revisão do apoio financeiro à Universidade da Madeira

Marta Freitas defende revisão do apoio financeiro à Universidade da Madeira

A deputada do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República aproveitou, hoje, a audição ao ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior para sensibilizar o governante para a necessidade de avaliar um maior apoio financeiro à Universidade da Madeira (UMa).

Marta Freitas reconheceu o acréscimo no apoio que tem vindo a ser canalizado para o ensino superior, dando o exemplo do aumento de verbas em sede do OE2021, face a 2020, e do aumento de 2,4% no contrato de legislatura assinado com a Academia madeirense. Para além disso, destacou a aprovação, no Orçamento do Estado 2021, de uma proposta do PS para que as instituições públicas de ensino superior das regiões autónomas tenham acesso aos fundos de programas operacionais nacionais, no âmbito do quadro comunitário de apoio para o período 2021-2027.

Contudo, e tendo em conta os sobrecustos da insularidade e ultraperifecidade, bem como a legítima vontade de internacionalização e de apostar na inovação e investigação, a socialista madeirense apontou a importância de um maior apoio à UMa e de serem estabelecidos contratos-programa com a instituição, de modo a que possa desenvolver projetos que possam também contribuir para o desenvolvimento da Região, cujos tecido empresarial e setores económicos mais dominantes, como é o Turismo, ficaram fortemente afetados.

“Sabemos o papel importante que as universidades têm ao fazerem parte da solução”, vincou Marta Freitas, dando o exemplo recente da integração da Madeira no programa de vigilância e rastreamento espacial – o SST (Space Surveillance and Tracking) – com a instalação de dois telescópios no Observatório do Pico do Areeiro, numa parceria entre a Região, o Ministério da Defesa e Universidade da Madeira.

A parlamentou alertou também para o problema da falta de recursos humanos no Centro de Química da UMa, dado que se prevê a perda de 19 investigadores num futuro próximo. “A rotatividade de recursos humanos é considerada por este centro normal e necessária, mas não deixa de os preocupar a disrupção de projetos com a saída destes 19 investigadores”, disse.

A necessidade de adotar medidas para fazer face ao envelhecimento da classe docente na UMa foi outra preocupação manifestada pela deputada socialista.

Marta Freitas questionou ainda que estratégia está a ser delineada para, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, melhorar o sistema de educação inclusiva e aumentar o número de pessoas com deficiência com formação superior.