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Helena Freitas defende espaço para tratamento de resíduos e condições para trabalhadores da recolha de lixo em São Vicente

A candidata do Partido Socialista à presidência da Câmara Municipal de São Vicente defende uma nova abordagem no que diz respeito à recolha e tratamento de resíduos sólidos no concelho, tendo por base uma maior preocupação ambiental e visando uma maior sustentabilidade económica para o próprio município. Helena Freitas quer incentivar a população a proceder à separação do lixo e, com isso, aumentar a taxa de reciclagem, bem como defende a criação de um espaço para o tratamento dos resíduos em São Vicente.

A candidata do PS entende ser possível uma maior eficiência financeira para a autarquia neste domínio, atendendo a que esta recebe anualmente cerca de 40 mil euros pelo lixo que é entregue na Meia Serra, mas paga 12 mil euros por mês pelo serviço de recolha e transporte para a estação. Por essa razão, Helena Freitas questiona se não seria “mais benéfico ter um local de tratamento dos resíduos e fazer reciclagem em São Vicente, ao invés de despender 12 mil euros mensais”.

Por outro lado, a candidata alerta para o facto de a reciclagem “deixar muito a desejar”, principalmente na freguesia de São Vicente, devido à escassez de ecopontos. No seu entender, o facto de existirem poucos locais para as pessoas poderem depositar os seus resíduos separadamente é um fator dissuasor da adoção deste comportamento cívico.

As condições de trabalho dos funcionários da recolha de lixo constituem outro dos problemas apontados. Tal como denuncia Helena Freitas, a Câmara Municipal de São Vicente é a única na Região que não dá fardamento aos trabalhadores que desempenham estas funções, pelo que os mesmos têm de trabalhar com a sua própria roupa, que é inadequada para o serviço. Os únicos equipamentos que a autarquia fornece aos trabalhadores são botas e luvas. “Os 40.000 euros que a Câmara recebe não são suficientes para comprar fardamento aos seus trabalhadores?”, questiona.

Além disso, a candidata refere que a antiga adega, situada abaixo da bomba de gasolina da vila, foi dispensada para ali serem colocados os vários materiais camarários e para acolher os trabalhadores deste departamento. Acontece que o espaço está muito degradado – inclusive chove dentro – e não tem refeitório nem casas de banho com condições. “Há 8 anos que este executivo camarário está no exercício das suas funções. Por que é que não criou condições físicas para os seus trabalhadores?”, pergunta.

Helena Freitas aponta ainda que há apenas dois carros de grande porte para a recolha de lixo, um com 20 anos e outro com 25, os quais estão obsoletos e revelam-se insuficientes. Tal como acrescenta, recentemente foi adquirido um veículo mais pequeno, mas o mesmo não dá resposta a todas as necessidades.

A candidata do PS à presidência da autarquia acusa o presidente da Câmara de tentar enganar os munícipes ao dizer que tem um projeto para este setor. “Ele faz sempre isso em ano de eleições. São apenas promessas para enganar os eleitores”, remata.