Segundo os dados disponíveis, existem cerca de 600 pessoas na Região em situação de “alta problemática”, ou seja, pessoas em alta clínica, que já estavam em condições de regressar às suas casas e que continuavam em camas hospitalares. Perante este quadro, Sofia Canha, deputada do PS-M e coordenadora para o Desenvolvimento Social dos Estados Gerais, considera serem inaceitáveis as declarações do vice-presidente do Governo Regional, quando afirmou que este não era um problema de saúde mas de consciência social das famílias.
Para Sofia Canha este problema “reflete uma falta de estratégia generalizada do Governo Regional para esta área, que além de colocar pessoas em condições absolutamente degradantes, gera um desperdício tremendo do erário público, simplesmente porque não se tomaram decisões a tempo, e continua-se a querer varrer o tema para debaixo do tapete, como se nada acontecesse”.
O PS-Madeira considera fundamental a integração entre a Segurança Social e a Secretaria Regional da Saúde na resolução destes casos, mas o que os números indicam é que, em mais de três anos do atual Governo, não foram tomadas medidas de articulação entre os dois setores governativos. “Não se percebe que razão ou razões levaram a que não exista um entendimento entre a Segurança Social e a Secretaria Regional da Saúde para definitivamente resolver esta questão, com a libertação de recursos que tanta falta fazem ao nosso Sistema Regional de Saúde”, denuncia Sofia Canha.
O PS-Madeira defende que a solução passaria pela colocação destas pessoas em lares de terceira idade, apelando à construção de mais infraestruturas públicas desta natureza para que a população não fique à espera de soluções do setor privado.