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Governo Regional deve aproveitar reprogramação do PRR para corrigir “erro clamoroso” e apoiar as empresas

Carlos Pereira, deputado do Partido Socialista-Madeira à Assembleia da República, defende que a reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que deverá render à Região mais 60 a 70 milhões de euros a fundo perdido, deve ser aproveitada pelo Governo Regional para apoiar o tecido empresarial e corrigir o erro cometido aquando da divisão inicial dos meios.

Em conferência de imprensa, o parlamentar deu conta que a reprogramação irá ter lugar em junho, sendo que os países que estiveram mais expostos aos problemas da pandemia e que tiveram dificuldades, por exemplo, com o setor do turismo, poderão ser beneficiados, tendo acesso a mais meios. Carlos Pereira lembrou que, quando esta possibilidade se colocou, defendeu, junto do Governo da República – através do ministro do Planeamento, Nelson de Souza – que a Região mantivesse a mesma proporção de meios que teve aquando da divisão inicial do PRR, ou seja, 5%.

Sendo certo que esta reprogramação irá acontecer, Carlos Pereira refere que a Região poderá, em junho, ter acesso a mais 60 a 70 milhões de euros a fundo perdido. “Esta é uma matéria muito relevante e que, do meu ponto de vista, deve ser utilizada pelo Governo Regional para corrigir o erro clamoroso que foi tomado [pelo Executivo madeirense] de não ter colocado nenhuns meios financeiros para o tecido empresarial, nomeadamente para a capitalização das empresas”, afirmou. O socialista apontou que as empresas da Madeira estão muito descapitalizadas, sendo este um problema que vem da crise anterior e que foi acentuado pela crise pandémica. “A descapitalização tem um problema significativo para o acesso aos meios financeiros, nomeadamente junto da banca, mas também aos meios financeiros que deverão estar disponíveis no próximo quadro comunitário”, advertiu, considerando ser importante que estes programas existam, já que, embora a Região possa aceder a apoios nacionais, a realidade regional é bastante distinta.

“Com esses meios, estou certo que é possível desenhar programas de recuperação de empresas, mas também de capitalização e de criação de novas empresas. Julgo que é o caminho que deve ser seguido”, sustentou Carlos Pereira, frisando que este é “mais um compromisso que foi estabelecido durante a campanha eleitoral e que se está a concretizar”.