A política suja, do bota abaixo, das fake news e desinformação, começa a ser o prato do dia de um PSD que pouco ou nada tem para apresentar ao fim destes 3 anos da suposta renovação.
Podem dizer que muito foi feito, estou-me a lembrar, por exemplo, dos inúmeros cheques distribuídos pelos agricultores, pescadores, bordadeiras, etc. Sem dúvida medidas estruturais que projetam o futuro e preparam a região para um amanhã mais risonho. O caminho da subsidiodependência. O nosso futuro.
Também me estou a lembrar do compromisso do ferry, é verdade, um compromisso cumprido por parte do Governo Regional. Esta semana vou à pontinha esperar a chegada desse navio. Pelo sim, pelo não, levarei uma cadeirinha, não me vá doer as pernas com o tempo de espera.
Sobre o financiamento do novo hospital, temos então uma gritaria em torno de percentagens, tendo o partido que suporta o Governo Regional, se agarrado a este tema com unhas e dentes, de modo a recuperar alguns dos pontos que dia a dia veem fugir. Dizem eles que a República paga apenas 13% do custo desse importante equipamento. Ora bem, sabendo que o valor que está previsto na proposta do Orçamento de Estado para 2019, é de 96,5 M€ e, fazendo uma simples conta acessível a qualquer estudante de 9º ano, chegamos ao valor de 742,31 M€. Afinal o hospital vai custar quanto? É que não tenham dúvidas, se 13% são 96,5 M€, então 100% serão os tais 742,31 M€.
A semana passada, foi então fértil em notícias, que nos remete para o que de pior o PSD tem para apresentar. Nada mudou em 40 anos de poder.
A possibilidade de a região ter de devolver fundos europeus referente a investimentos na área da medicina nuclear foi notícia, pois adquiriram equipamentos que só começaram a usá-los 4 anos depois. Investimentos importantes na área da saúde, metidos dentro de uma gaveta e que poderiam ter feito a diferença a muitos doentes.
Pairou novamente no ar a probabilidade de não haver iluminações de natal, pois os concursos são cinzentos, criando dúvidas se alguém estará ou não a ser beneficiado. Da União Europeia vem notícia da segunda fase de um processo de infração pela atribuição direta do contrato de concessão dos serviços para gerir e explorar a Zona Franca da Madeira, neste caso, aos amigos do costume.
No que diz respeito aos concursos para cargos de chefia do Governo Regional, ficamos a saber que é importante ser filósofo para estar à frente das Comunidades Madeirenses, e que é preciso ser da área de Alemão e Inglês para estar à frente do planeamento do sistema educativo. Se calhar daqui a dias é preciso ser educador de infância para estar à frente da cultura, ou médico para liderar o laboratório de Engenharia Civil, alguém estará ou não a ser beneficiado?
Por fim, ao melhor estilo do anterior governante, que inaugurava fontes com garrafões de água atrás, esta semana soubemos que o Bloco de Obstetrícia fechou um dia depois da sua inauguração!
Assim, em 3 anos, o atual governo completa o seu ciclo de vida, entrando no estado de desgraça, sendo que na realidade, foi desde o início uma desgraça de facto.
Por Duarte Caldeira, presidente da Junta de Freguesia de São Martinho, publicado no Jornal da Madeira, no dia 12 de novembro.