InícioAtualidadeEMANUEL CÂMARA DIZ QUE GOVERNO REGIONAL TRATA AS PESSOAS COMO NÚMEROS

EMANUEL CÂMARA DIZ QUE GOVERNO REGIONAL TRATA AS PESSOAS COMO NÚMEROS

Emanuel Câmara elogiou a iniciativa dos jovens de colocarem na sua agenda a discussão da Coesão Territorial e constatou que este só é um tema «discutível porque tivemos um Governo na Região Autónoma da Madeira (RAM), com mais de 40 anos de poder, que não soube atender às especificidades da Região cujos destinos ainda gere, atendendo às especificidades das nossas ilhas e, particularmente, às assimetrias entre o norte e o sul». 

«Por um lado, começou-se a pensar que tudo era custo. Não se viu como investimento o apostar na fixação das pessoas na costa norte da RAM», criticou o líder dos socialistas madeirenses, acrescentando que «é importante rapidamente infletir este tipo de políticas».

Emanuel Câmara referiu que, claramente, «este Governo Regional começou a tratar as pessoas como números» e que verificamos isso ao nível da Escola, da Saúde e de outras áreas, como a agricultura, em que «não houve as políticas certas nas alturas certas para fixar as pessoas», bem como para potenciar os empregos no âmbito da economia verde e azul, que são aqueles que mais facilmente se conseguiria elevar, com o aproveitamento de todas as potencialidades que o norte da ilha da Madeira tem, nomeadamente a sua floresta Laurissilva e o mar.

É por essa razão que, explicou, o PS, pensando já numa perspetiva futura rumo a 2019, está a refletir e a questionar sobre aquilo que será melhor para a Região, indo ao encontro das políticas certas, para que as pessoas se fixem na costa norte da ilha da Madeira, nomeadamente nos concelhos onde o êxodo rural é uma realidade (Porto Moniz, São Vicente e santana), não esquecendo também a questão da dupla insularidade da ilha do Porto Santo.

Por seu turno, o presidente da JS-M salientou que o objetivo deste Roteiro da Coesão Territorial é alertar as entidades competentes para os problemas que assolam os concelhos da costa norte e também o isolamento da ilha do Porto Santo.

«O que nós queremos é que a RAM seja igual no seu todo. Não podemos continuar a ter uma diferença entre o sul e o norte da Madeira, não podemos aceitar que hoje em dia não existam medidas eficazes, de futuro e de fundo para atalhar os problemas que são comuns a todos os concelhos do norte da Madeira, como a baixa taxa de natalidade e a falta de fixação da população jovem», sustentou Olavo Câmara.

Para que tal aconteça, o jovem socialista considerou que tem de haver políticas que vão ao encontro destes problemas. «Temos de ter políticas de emprego, políticas de habitação, políticas que permitam o desenvolvimento económico e social nestes concelhos», frisou, acrescentando que «isso só é possível se tivermos a Região, neste caso o Governo Regional, a atuar nesse sentido».

Olavo Câmara constatou que os concelhos do norte da Madeira estão isoladamente a aplicar medidas de incentivo à natalidade e medidas de emprego, mas considerou que «falta uma estratégia geral e decisiva» para que «possamos dizer que daqui a uns anos o norte da Madeira está vivo, está dinâmico e que faz todo o sentido estar lá a viver».

Para isso, o líder da JS-M referiu que precisamos de um Governo Regional que atue em todos os concelhos, com uma estratégia que não passe por políticas isoladas nem olhe pela cor partidária que está neste momento nas diversas câmaras. «Nós precisamos de uma política efetiva, que vá ao encontro destes problemas», finalizou.