A preocupação manifestada pelo PSD-M relativamente à vinda do secretário-geral do PS, António Costa, à Madeira só pode ser vista como um sinal de fragilidade de quem é incapaz de apresentar uma ideia, uma solução ou rumo para a Região, e para o Funchal em particular. Pior ainda é o recurso ao estilo bélico de sempre, de procura do “inimigo externo” para tentar desviar a sua falta de competência e a insistência em soluções gastas e sem resultados. Os madeirenses não se reveem nesta postura, que apenas penaliza a Região e condiciona o seu desenvolvimento económico e social.
Quanto à apresentação de queixas à Comissão Nacional de Eleições e ao Ministério Público, o PSD cai no ridículo de fazer uma queixa contra as declarações que António Costa ainda não fez. Ou seja, estamos perante uma nova variante de delito de opinião: ser sancionado ainda antes de dizer seja o que for.
Estamos também conversados quanto à dualidade de critérios do PSD em relação à lei. Miguel Albuquerque é a mesma pessoa que apresenta queixas às autoridades, mas usa verbas públicas para promover o seu candidato Pedro Calado, que é punido pela CNE por violação dos deveres de neutralidade e imparcialidade, que foi notificado para retirar os cartazes num prazo de 48 horas sob pena de cometer o crime de desobediência, e não só não cumpriu com a decisão, e com a sua palavra dada, como colocou mais cartazes, num claro desafio e desrespeito pelas autoridades. Ética e transparência não existem para os lados da Quinta Vigia e da Rua dos Netos.
Sobre o PRR, a campanha PSD/CDS continua apostada em fazer da desonestidade, de expressões depreciativas e mentiras sobre António Costa, confundindo a sua visita como secretário-geral do PS com o seu cargo de primeiro-ministro, uma arma de propaganda política. Querer fazer acreditar que as verbas atribuídas à Madeira são provenientes diretamente da União Europeia é mais uma ação de desinformação para confundir os madeirenses. Pedro Calado, que continua a esquecer-se que já não está no Governo Regional e parece não saber a diferença entre competências municipais e regionais, tem de explicar de onde vêm os 5% do PRR nacional alocados à Madeira e por que razão, ao contrário do Governo da República, Pedro Calado enquanto foi vice-presidente do Governo Regional, não reservou um cêntimo do PRR para as autarquias madeirenses, incluindo o Funchal para onde promete tudo a todos agora.
Perante a aproximação do dia das eleições, o PSD está desesperado e não hesita em fazer um rol de promessas falsas, de apresentar soluções para tudo, prometer dinheiro a rodos para tudo e para todos. É a velha receita de sempre de tentar enganar os madeirenses com promessas que não tem capacidade para concretizar, de misturar deliberadamente Governo Regional e aparelho partidário do PSD, de fazer das ameaças e das represálias pessoais e profissionais a forma de se perpetuar no poder.
Enquanto vice-presidente do Governo Regional, Pedro Calado defendeu sempre que “os municípios não cumprimentam com o chapéu alheio” nos contratos-programa firmados com o executivo regional, deixando claro que apenas os municípios da sua cor política seriam contemplados com apoio governamental. São estas pessoas que querem manter a Madeira no mesmo modelo de sempre, de assistencialismo apenas em troca de votos, que não querem dar condições para que todos os concelhos possam seguir um rumo de progresso social e económico, mas passam a vida de mão estendida em relação ao Governo da República, criticando tudo e desvalorizando tudo o que é feito para a coesão nacional.
Na sua passagem pelo Governo Regional, Pedro Calado prejudicou o município do Funchal e todos os funchalenses e demonstra que não é a pessoa certa para liderar os destinos da cidade. Não está ao serviço dos Funchalenses, mas sim ao serviço de interesses privados.
É chegado o momento de os funchalenses não hesitarem em ambicionar continuar a viver numa cidade livre, inclusiva, que respeita todas e todos, que gere os destinos da cidade com responsabilidade e transparência e que cria condições para que todas as pessoas possam ter oportunidade de viver com dignidade. O voto de confiança nas eleições de dia 26 de setembro é o voto na Coligação Confiança e em Miguel Silva Gouveia.
Gonçalo Aguiar
Secretário-Geral do PS-Madeira