Neste encontro, os comissários regionais abordaram igualmente dois temas da atualidade que constituem uma grande preocupação, designadamente a situação que se vive no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira (SESARAM) e a questão da mobilidade.
No que diz respeito à Saúde, Bernardo Trindade, presidente da Comissão Regional do PS-M, disse que o PS assiste «com muita preocupação» à tomada de posição de cerca de dois terços dos diretores de serviço do SESARAM, manifestando uma posição contra a nomeação do novo diretor clínico. O socialista fez uma analogia, apontando que esta situação é como «um pastor ser nomeado» e «dois terços do seu rebanho estar contra essa nomeação». Tal como adiantou Bernardo Trindade, isto «devia levar a uma reflexão profunda sobre que caminho seguir, porque mais importante do que a política estão os madeirenses e os porto-santenses, que anseiam por uma saúde cada vez melhor, cada vez mais próxima e tendente a resolver os seus problemas». Estes momentos políticos, constatou, «não abonam nada em favor de uma saúde em prol dos cidadãos».
Já no que concerne à mobilidade, o presidente da Comissão Regional do PS-M começou por destacar que é importante ver aprovados no Orçamento do Estado 100 milhões de euros, lembrando que no Governo de Passos Coelho e Paulo Portas o montante para a mobilidade era de 15 milhões de euros.
«Estamos hoje num patamar manifestamente diferente», mas, simultaneamente, «é nossa preocupação perceber como é que se fará a regulamentação da mobilidade», referiu. De acordo com Bernardo Trindade, «não basta aprovar à pressa uma proposta para que entre em vigor já com Orçamento de 2020», pelo que «é preciso olhar para a regulamentação», sendo esta uma responsabilidade dos dois governos.
Na ótica deste dirigente, que lembrou também as implicações para o Turismo, não pode concluir-se por uma situação destas, de companhias a abandonar a Madeira e outras a permanecer, mas com situações de operação mais difíceis. «É essencial que, ultrapassada esta fase de aprovação final do Orçamento, os Governos da República e Regional possam sentar-se, constituir um grupo de trabalho e discutir efetivamente os impactos da regulamentação», afirmou.