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Governo Regional coloca “interesses políticos ou partidários acima dos interesses da Saúde”, apontou Paulo Cafôfo

Paulo Cafôfo, em declarações à comunicação social, esta tarde, em frente à Assembleia Regional da Madeira, começou por vincar que “não há uma solução política, porque, neste momento, há uma guerra aberta na Saúde por culpa do Governo Regional que colocou a Saúde numa “trincheira” político-partidária”.

Frisou assim que “à falta de estratégia que vínhamos assistindo já na outra legislatura e que continua nesta, temos agora uma falta de diálogo, uma prepotência, uma arrogância por parte do Governo Regional, a começar pelo presidente do Governo que disse: ‘quem quiser que se demita’”.

Paulo Cafôfo referiu que “o Governo Regional trata estes cargos de chefia, estes profissionais da saúde, como se fossem assalariados políticos, como se fossem cargos de nomeação partidária à semelhança do que existe no Governo, e já são mais de 250 nomeações feitas por este Governo Regional”, sublinhado ainda que “estes profissionais da saúde não são de nomeação partidária, nem estão ali para fazer favor a ninguém, estão ali para exercer a sua missão clínica”.

O deputado socialista falou sobre a origem de todo estes atritos criados na área da Saúde, que tem por base os acordos desta coligação PSD/CDS, onde “ficou estipulado que o diretor clínico seria indicado pelo CDS”.

“Ora, estamos aqui a partidarizar uma direção clínica que deveria estar à margem de qualquer interesse político ou partidário. Infelizmente, os interesses políticos ou partidários estão acima dos interesses da Saúde”, frisou.

Paulo Cafôfo diz mesmo que “os dois principais autores no meio desta novela política, o secretário regional, Dr. Pedro Ramos, e o secretário regional sombra, Dr. Mário Pereira, não têm condições políticas para continuar, não só porque não têm legitimidade política, mas porque também não têm capacidade para resolver os problemas da Saúde”.

“Neste momento, o Dr. Mário Pereira é um fator de instabilidade e não de união. E nós precisamos de paz e tranquilidade no sector da Saúde”, defendeu.

 

Governo não dá abertura ao diálogo

O deputado socialista apontou ainda que “a questão do diálogo é o que mais tem faltado neste Governo”.

 “O diálogo devia existir, não só quando existe uma crise latente e uma guerra visível na saúde. Esse diálogo deveria existir desde o início, mas, infelizmente há no ADN do PSD e agora no CDS, que parece que se juntou, como diz o povo, “a fome com a vontade de comer, essa falta de abertura ao diálogo”, concluiu.