Carlos Pereira sublinhou que é necessário explicar aos eleitores a questão da legitimidade do atual executivo nacional chefiado por António Costa, que já está ultrapassada, e que será implementado um modelo de desenvolvimento da economia diferente”, que aposta no consumo e na procura interna.
O líder socialista defendeu ser necessário avisar os madeirenses de que a sua situação vai melhorar na sequência das medidas que vão ser adotadas pelo PS a nível nacional, uma vez que o Governo Regional irá “à boleia” e tentará “cumprimentar com o chapéu alheio”.
No que concerne à política regional, o presidente do PS insular vincou que o Governo da Madeira que saiu das eleições de março já não está “no estado de graça inicial” e apresenta muitas falácias na governação.
Relativamente ao Orçamento Regional para 2016, Carlos Pereira considerou que revela a continuidade das políticas do anterior executivo de Alberto João Jardim e mencionou que o OR não inclui “um euro” para o projeto da construção de um novo hospital, rejeitando a possibilidade que se venha a pedir responsabilidades ao PS sobre esta matéria.
Por outro lado, ainda, criticou a política de sucessivos comunicados no dossiê dos transportes do executivo, visto que é um governo que passa culpas: diz que a responsabilidade do novo hospital é do PS, o subsídio da mobilidade da União Europeia, a sobretaxa do Fernando Pinto, presidente da TAP, sendo que nenhuma é a culpa dos secretários regionais e do Governo Regional, nestas matérias.
Contudo, o presidente do PS-M admitiu que o partido só terá a oportunidade de reivindicar uma alternativa na governação da Madeira em 2019, se efetuar um percurso de “paciência” e seguir um projeto que tem de ser “feito com cabeça, tronco e membros”, com base na credibilidade sólida junto da opinião pública e do eleitorado.
Por fim, Carlos Pereira sublinhou que, a nível autárquico, o PS/Madeira tem de criar “uma marca”, não devendo apresentar-se ao eleitorado com “programas remendados”, mas apostar na transversalidade em todos os concelhos, com respeito pelas realidades locais.
O líder socialista terminou, o II Fórum construindo o Futuro”, anunciando que será criado e apresentado até final do ano um grupo de trabalho para a revisão do Estatuto Político-Administrativo.