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António Pedro Freitas critica desinvestimento na saúde e aponta cinco propostas para o futuro

Na abertura da IV Convenção dos Estados Gerais, exclusivamente dedicada à Saúde, António Pedro Freitas disse que esta é, infelizmente, uma realidade para todos aqueles que esperam do Governo Regional o cumprimento daquela que é a sua obrigação – a defesa da saúde dos madeirenses.

Segundo o coordenador, «a culpa não é de Lisboa, não é dos cidadãos, não é dos privados. A culpa é de quem tem responsabilidade no setor, é de quem coordena o setor, é daqueles que há 43 anos coordenam o setor da Saúde, os mesmos de sempre, aqueles que se intitulam os renovados». Tal como afirmou, a Saúde está pior. «As diferenças em relação há 10 anos são abismais e em relação há 15 anos nem comparação têm», constatou.

António Pedro Freitas apontou cinco propostas para o futuro, a primeira das quais apostar nos cuidados de saúde primários e garantir médicos de família e enfermeiros a todos os madeirenses e porto-santenses. Tal como afirmou, faltam 80 a 100 médicos de família na Região. Outra proposta é repensar o Hospital dos Marmeleiros e construir o novo hospital da Madeira. «Os Marmeleiros tal como estão já não apresentam as condições. Há que repensar as infraestruturas existentes, há que ser criativo, há que investir, há que realmente construir o novo hospital da Madeira», disse. Considerou também que há que garantir apoio de especialidades ao Porto Santo, até porque «o Porto Santo tem pessoas o ano todo e não apenas no Verão».

Outro objetivo é a recuperação das listas de espera. Neste momento há 22 mil pessoas em listas de espera para cirurgia, 50 mil para exames e 40 mil para consultas. Nesta ordem de ideias, adiantou que Paulo Cafôfo assumiu perante todos que a recuperação das listas de espera é uma obrigação a ser cumprida. «Foi por isso que assumiu injetar nos próximos quatro a seis anos 75 milhões de euros para cumprir essa obrigação, há tanto tempo abandonada pelo atual governo», explicou.

Promover a Saúde, investindo na prevenção, nos rastreios e na saúde escolar é outro dos objetivos. Uma última proposta é pacificar o sistema e investir nos profissionais.