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Cafôfo reafirma que Saúde será a sua principal prioridade e diz ser tempo de “pôr fim a uma situação insustentável”

«Quero aqui reafirmar que a Saúde será a principal prioridade de um Governo Regional liderado por mim, porque garantir o acesso universal aos cuidados da Saúde é um pilar fundamental de uma sociedade democrática», declarou, acrescentando que é tempo de «pôr fim a uma situação insustentável». O candidato deu conta dos números que confirmam o ponto em que nos encontramos, adiantando que, em abril de 2015, mais de 76.000 madeirenses e porto-santenses estavam à espera de cirurgia ou de uma consulta hospitalar, exames radiológicos ou outros exames e que, neste ano, estes valores subiram para mais de 100.000 atos médicos em lista de espera. «Perante este colapso de um serviço público que já fora exemplar, esperava-se que o novo ciclo prometido pelo atual governo trouxesse uma recuperação desejada», referiu Paulo Cafôfo, acrescentando que «um Governo que tanto fala de autonomia e dos madeirenses não pode deixar o Serviço Regional de Saúde sem rumo».

Por outro lado, o candidato socialista disse acreditar na virtude dos sistemas de saúde que um pouco por toda a Europa, no continente e também aqui na Região, consolidaram a sua mais-valia e referiu que esse modelo tem como pilar central um serviço público capaz de garantir o acesso universal aos cuidados de saúde e que se articula com um setor convencionado ou privado e com as Instituições Privadas de Solidariedade Social. Segundo afirmou, essa articulação rege-se por uma lógica onde o setor privado pode complementar com caráter supletivo ou alternativo, o serviço publico, nomeadamente quando este tiver esgotado a sua capacidade e não puder garantir o acesso dos doentes aos cuidados de saúde, em tempo clinicamente aceitável. Mas, sublinhou, essa relação entre o serviço público e o setor privado tem que respeitar escrupulosamente três regras essenciais, nomeadamente ser exemplarmente regulada, ser publicamente transparente e, sobretudo, que «os interesses do setor privado nunca possam parasitar o serviço público nem desvitalizar económica e financeiramente os nossos hospitais e centros de saúde».

Segundo afirmou, «a saúde para nós nunca será um bem de consumo mas sim um direito que temos de proteger. É um garante da nossa Autonomia e a nossa Autonomia tem de garantir a melhor saúde para a Região com um modelo que sirva os madeirenses e porto-santenses, todos sem exceção».

A outro nível, considerou que o Sistema Regional de Saúde está «subfinanciado há muito tempo» e que «é fundamental mais investimento se queremos contrariar a degradação do nosso SRS, particularmente visível nesta última década», sendo que «esta nossa opção obriga a recentrar as prioridades que até agora têm condicionado a gestão do orçamento da Região».

Segundo frisou, «a Saúde não pode falhar», quer aos utentes, quer aos profissionais de saúde.

Por outro lado, Paulo Cafôfo considerou também que a Segurança Social tem que assumir a responsabilidade que lhe pertence, em criar condições para que camas hospitalares tão necessárias não estejam ocupadas por casos sociais e com alta clínica. «Esta intervenção urgente da Segurança Social permitiria equacionar soluções favoráveis a uma desativação parcial e gradual do Hospital dos Marmeleiros, com a sua conversão em lar de acolhimento com a tutela entregue à Segurança Social», sustentou.

O candidato socialista constatou que hoje se assiste a «um colapsar do SRS por via de um grave estrangulamento no acesso aos cuidados de saúde», o que «justifica a urgência de uma mudança que queremos protagonizar».

Paulo Cafôfo recordou que o atual governo quando chegou ao poder, em 2015, prometeu um novo ciclo em que a saúde seria uma prioridade, mas acrescentou que bastaram uns escassos meses para que esse novo ciclo prometido para a saúde ficasse esquecido. Criticando a opção do Executivo pelo «betão, pelo eleitoralismo, pela gritaria desalmada e crítica leviana», o candidato do PS-M assegurou que «não vamos fazer igual».

«Vamos reconquistar a confiança de cada madeirense e porto-santense no nosso Sistema Regional de Saúde. Vamos devolver aos nossos excelentes profissionais a motivação e o estímulo para, juntos, recuperarmos o prestígio de um SRS que foi uma bandeira respeitada da nossa Autonomia. Vamos garantir aos madeirenses e porto-santenses que não permitiremos que continuem a ser números esquecidos em listas de espera que nos envergonham. Vamos trabalhar diariamente para que o novo hospital central da Madeira seja uma realidade e não apenas uma miragem eleitoral», afirmou.

Paulo Cafôfo disse que quer ser «o líder de uma mudança efetiva que uma grande maioria da nossa população anseia», assegurou que não tem, nunca teve e nunca terá «qualquer ligação a qualquer grupo económico» e que fará «com que a transparência, a regulação, e a fiscalização sejam bases mestres de todas as nossas políticas». «Não vamos favorecer nenhuma empresa com ajustes diretos, nem haverá determinadas promiscuidades que hoje assistimos», disse, frisando que «vamos ser diferentes» e que «a saúde será verdadeiramente uma prioridade exigindo que todas as hipóteses sejam consideradas, como a contratação de mais profissionais ou mesmo a contratualização de serviços».