“A hora da mudança está a chegar!”, afirmou esta noite Sérgio Gonçalves, apelando aos madeirenses para que no próximo domingo votem sem medo, escolham o PS e a mudança para uma Madeira melhor.
No comício de encerramento da campanha socialista, no Parque de Santa Catarina, o candidato do PS a presidente do Governo Regional salientou o desejo expresso por milhares e milhares de madeirenses de concretizar a alternância governativa, por verem no PS o partido com as soluções para os problemas da Região e porque temos um Governo Regional “moribundo, que não tem as respostas que os madeirenses precisam”.
Efusivamente aplaudido, Sérgio Gonçalves disse que a Madeira precisa de um governo que não finja apenas governar em vésperas de eleições. “Precisamos de um governo que governe todos os dias para todos, com soluções concretas, e queremos uma Madeira melhor, uma Madeira de oportunidades”, expressou.
O candidato socialista às Eleições Regionais de domingo lembrou os mais de 17 mil madeirenses que foram obrigados a deixar a sua terra na última década por falta de oportunidades. Garantiu que irá alterar esta realidade e que “quem tem de emigrar agora é Miguel Albuquerque, é o PSD, é o seu governo”.
O presidente do PS recuperou as declarações de Miguel Albuquerque de que se demite se não tiver maioria absoluta. “No próximo dia 24 de setembro, vamos fazer a vontade a Miguel Albuquerque e vamos votar no PS”, desafiou.
Sérgio Gonçalves assegurou que só o PS tem as soluções para a Região e que o seu governo irá usar a Autonomia de que dispomos e colocá-la ao serviço de todos os madeirenses, ao contrário dos que a usam como arma de arremesso político e como desculpa para esconder a sua incapacidade para governar a Região.
Deixou a promessa de baixar o IVA e o IRS para aumentar os rendimentos dos madeirenses, de repor o subsídio de insularidade de 2% para todos os funcionários públicos, aumentar o complemento regional para idosos para 100 euros, promover a habitação cooperativa e celebrar contratos-programa com todas as autarquias para construir habitação a custos controlados. “Tendo 150 milhões de euros disponíveis, nós vamos construir mais 800 ou 900 casas. Enquanto houver um madeirense a precisar de habitação, nós não iremos investir esse dinheiro a prolongar a Pontinha”, vincou.
Deu também conta que o Governo do PS irá implementar tempos máximos de resposta para resolver o problema das listas de espera na saúde, irá reabrir as urgências de Santana e Porto Moniz 24 horas por dia, irá implementar a escolaridade obrigatória gratuita, apoiar a Universidade da Madeira em três milhões de euros por ano, irá atribuir um apoio de até 200 euros aos estudantes universitários deslocados para fazerem face aos custos do alojamento e irá criar um polo universitário dedicado ao turismo no Porto Santo. No setor primário, o PS irá valorizar os rendimentos dos agricultores, aumentando em 25 cêntimos o preço por quilo de banana pago aos produtores, e irá aumentar os apoios para a renovação da frota de pesca da espada.
Garantiu ainda que, que no dia em que o PS for governo, vai lançar um concurso público internacional para que a ligação ferry ao continente seja uma realidade.
Neste último dia de campanha, Sérgio Gonçalves atacou o PSD por, na última semana, ter colocado cartazes com a cópia das propostas socialistas, o que demonstra três coisas: “que não estava tudo bem e existiam problemas, que não tiveram capacidade para resolver esses problemas e que assumem que quem tem soluções e resposta para os problemas concretos dos madeirenses é o PS”. E mostrou-se convicto de que os madeirenses sabem distinguir o original da cópia.
O candidato socialista denunciou o clima de medo que o PSD e o Governo Regional tentam incutir nos madeirenses para tentar impedir que votem no PS, dando o exemplo do pagamento do subsídio covid apenas hoje, último dia de campanha eleitoral, quando a pandemia foi em 2020 e 2021. Por outro lado, censurou o medo incutido nos idosos, dizendo que se o PS governar a Madeira vão deixar de receber a sua pensão. “Isso não é verdade”, desmistificou.
Os contactos feitos em castelhano para as comunidades lusodescendentes apelando ao voto no PSD, e os SMS enviados aos estudantes universitários, oferecendo o pagamento das viagens para virem votar, foram outros casos denunciados por Sérgio Gonçalves, que não esqueceu ainda o facto de, no dia em que é obrigatório retirar os cartazes de campanha, o PSD estar a cobrir os seus cartazes com uma lona transparente, mantendo a mensagem visível.
Elogiou ainda a coragem dos bombeiros da Ribeira Brava, que esta semana denunciaram a tentativa de suborno do PSD para participarem numa ação de propaganda do Governo.
Salientou, por isso, que é tempo de acabar com este clima de medo e votar no PS no próximo domingo e evidenciou a vontade de mudar expressa pelos madeirenses e pelos porto-santenses todos os dias na rua. “Essa é a verdadeira sondagem. Não tentem fazer os madeirenses de parvos No domingo, vamos votar sem medo, vamos escolher o PS, porque o voto no PS é o voto que muda a Madeira”, apelou, deixando um repto: “Vamos todos juntos fazer história! Vamos mudar a Madeira no dia 24”.