Uma das questões que se colocou, na altura, disse Carlos Pereira, “foi a razão pela qual o Governo Regional não utilizou os meios aéreos para o combate aos incêndios, que queimaram muita floresta e que do ponto de vista empírico parecia a todos fazer sentido a utilização desses meios, para impedir a devastação que acabou por ocorrer”, afirmou.
Refira-se que, recentemente, foi divulgado um relatório sobre esta questão, devido à intervenção do PS-M que solicitou ao Governo da República, que avaliasse se era ou não possível utilizar estes meios no combate aos fogos.
Ora, a conclusão do relatório ditou que é possível o combate aos incêndios através dos meios aéreos quer seja em área florestal, quer seja em aérea urbana. No entanto, Carlos Pereira está preocupado com a reacção do Governo Regional, nomeadamente com a reação da secretária regional da Inclusão e Assuntos Socais, Rubina Leal, que tutela a Protecção Civil, uma vez que esta “disse publicamente que tendo recebido esse relatório iria criar uma estrutura de missão e que dentro de sessenta dias havia resultados sobre essa mesma estrutura. Sessenta dias depois nem sequer há a certeza que teremos meios aéreos, como também não há o resultado de mais uma estrutura de missão, para analisar uma coisa que já completamente definida” no relatório recentemente apresentado.
O PS-M considera tudo isto inadmissível e, sobretudo, de uma total irresponsabilidade, que os madeirenses não podem deixar passar, “porque nós estamos no final de junho, estamos a entrar no mês de julho e significa que os resultados dessa estrutura de missão, sabe lá Deus para fazer o quê, só ficariam concluídos no final de agosto, início de setembro. Ou seja, este ano voltávamos a não ter meios aéreos de prevenção ao combate aos incêndios”, lamentou.
Mediante o exposto, Carlos Pereira desafiou o Governo Regional a contratar meios aéreos, como forma de prevenção ao combate aos incêndios, no sentido de salvaguardar os madeirenses.