“Não basta solicitar apoio dos hoteleiros e pedir o envolvimento da ACIF ou, em cima do joelho e a reboque de companhias estrangeiras, lembrar-se do óbvio. O que é relevante é encontrar soluções consistentes, duradouras e ter plano de contingência preparados a todos os níveis.”, afirma o líder do PS-M.
No caso concreto da operação do navio ‘Lobo marinho’, o dirigente socialista lembra que é uma concessão do governo a uma empresa privada em “condições privilegiadas”.
Carlos Pereira sublinha que qualquer negociação que altere os termos da concessão deve passar pelo governo. “Por isso começa por ser incompreensível que haja companhias que negoceiam com este transporte e outras que não. Só acontece porque temos um governo amador e sem qualquer sentido das suas responsabilidades”, acusa. A dona da concessão, lembra, é a Região.
“Um governo responsável tinha exigido um novo contrato com novas obrigações, incluindo, as situações extraordinárias para transporte de passageiros, do Porto Santo para Madeira, quando se verificassem problemas operacionais no aeroporto da Madeira”, afirma.
Perante o que diz ser a incapacidade do governo em actuar de forma consistente, o PS-M apresentará “um projecto de resolução para alterar contrato de concessão de modo a permitindo a alteração de todos os aspectos, incluindo o tipo de embarcação”.
Carlos Pereira diz ser preciso envolver a ANAC e a ANA na discussão da “problemática da operacionalização do aeroporto” e defende que todos os mecanismos de mobilidade façam referência a estas questões, incluindo uma futura concessão do ferry Madeira/Continente.
“É arrepiante ver decisões em modo de vão de escada. A resposta a um problema sério e complexo não se faz em cima do joelho, um hábito deste governo que prejudica a Madeira”, conclui.