“Infelizmente observo de forma irresponsável e perigosa uma pressão casuística do governo regional sobre o regulador ANAC e a ANA para uma reavaliação dos limites para as operações no aeroporto da Madeira, com a ideia de aumentar esses limites e, portanto, permitir aterragens, mesmo com vento forte. Não nos parece nem sensato, nem adequado e muito menos uma iniciativa que favoreça a imagem de operacionalidade do aeroporto da Madeira”, considera Carlos Pereira.
Para este político, o Governo Regional “revela um amadorismo extremo no tratamento das questões de operação do aeroporto da Madeira mas, pior ainda, demonstra que não é capaz de compreender que a segurança dos passageiros deve ser o primeiro requisito em que não se deve facilitar e este não se compadece com nenhuma outra variável. O fluxo de turismo e de passageiros em época de ventos fortes é uma preocupação de todos os madeirenses mas a segurança é um factor primordial e não se compadece com vontades políticas mas com requisitos técnicos”.
“Aconselho vivamente o Governo Regional a se concentrar no essencial e a resistir à tentação de se aventurar em matérias que ultrapassam a sua responsabilidade e são muito sensíveis e delicadas porque relacionam -se com um dos bens mais preciosos do ser humano que é a segurança. Não compreendemos esta intromissão irresponsável e preocupante que revela falta de profissionalismo e insensatez. Os madeirenses não querem aligeirar limites de segurança, apenas querem planos de contingência sólidos, usando todos os mecanismos disponíveis para contrariar os danos do vento forte”, conclui Carlos Pereira.