“Quando se olha para o governo regional já só restam duas caras desde que tomaram posse. Esta remodelação dá a sensação que o governo caiu”, afirmou o presidente do PS-Madeira, que quer transmitir estas preocupações a Marcelo Rebelo de Sousa, numa altura em que a apresentação de uma moção de censura pelos socialistas está a ser ponderada.
“O que se está a passar na Região é grave, é um sinal de que o PSD-M está perdido desunido, sem estabilidade e que tem contaminado o governo e prejudicado os madeirenses”, assume o também vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS na Assembleia da República. “Saíram dois dos secretários regionais, Sérgio Marques e Eduardo Jesus, respectivamente responsáveis por sectores importantes, Assuntos Parlamentares e Europeus/Equipamentos e Infra-estruturas e Economia/Turismo e Transportes, em pública ruptura com o presidente do Governo Regional”, lembrou.
“É o caos governativo e pântano político”, revelou, mostrando-se satisfeito pela abertura do Presidente da República em escutar. “Temos tido um diálogo aberto com Belém”, afirmou. Questionado sobre se espera alguma tomada de posição por parte de Marcelo Rebelo de Sousa, nomeadamente a dissolução do parlamento regional, Carlos Pereira diz que seria um péssimo sinal se o líder de um partido fizesse recomendações ao Presidente da República. “A mim cabe-me transmitir um conjunto de preocupações”, afirmou, antecipando ainda que vai abordar também os sucessivos e conhecidos problemas na saúde na Região. “No fundo há muito que já há sinais de que esta governação põe a Madeira doente”, resume.
Antes disso, Carlos Pereira ainda reúne a comissão política, segunda-feira, para fazer um retrato do que está a acontecer, politicamente, na Região, nomeadamente os acontecimentos dos últimos dias. Os socialistas vão ponderar a apresentação de uma Moção de Censura, na Assembleia Legislativa da Madeira.