O secretariado, órgão que garante a gestão política diária do partido será composto por 10 vogais, mais o presidente do PS-M, os três vice-presidentes, o secretário-geral e três elementos por inerência. 17ao todo. O anterior contava com 11 elementos.
Para além do secretariado vão ser eleitos os membros da Comissão Política, o secretário-geral, João Pedro Vieira, que fica com a coordenação-geral e será o porta-voz do secretariado e os três novos vice-presidentes: Célia Pessegueiro, Miguel Iglésias e Avelino Conceição.
Nova dinâmica
São várias as caras novas escolhidas por Emanuel Câmara para o seu secretariado, começando desde logo pelo novo secretário-geral, João Pedro Vieira, 28 anos, médico de formação e vereador da Câmara Municipal do Funchal.
Uma das preocupações da nova liderança é a de que o novo órgão seja o mais representativo possível das diversas tendências políticas do partido, entre autarcas, deputados e militantes. Transitam da anterior estrutura, para além de Sofia Canha, Lília Caldeira, ex-vereadora da Câmara Municipal de Machico. Trata-se, segundo revelou a mesma fonte, de um sinal lançado pela nova liderança: deixar para trás as disputas internas e iniciar o novo mandato contando com todas as sensibilidades, num esforço de abrangência e de intervenção em diversas áreas.
Rui Caetano, presidente do Conselho Executivo da Escola Gonçalves Zarco é outro nome que se confirma no secretariado e será, certamente, um dos homens mais próximos de Emanuel Câmara, não apenas para a área da educação, mas também para o combate político, dada a sua experiência na Assembleia da República.
Duarte Caldeira e Gonçalo Aguiar, respectivamente presidentes da Junta de Freguesia de São Martinho e do Imaculado Coração de Maria, integram o órgão, reforçando o trabalho autárquico e de proximidade que Emanuel Câmara pretende colocar na acção política.
Elisa Seixas, professora e activista pela igualdade dos direitos das mulheres, Amândio Silva, vereador em Câmara de Lobos, Ricardo Catanho, São Vicente e Marina Silva, Santa Cruz, completam a estrutura executiva do partido.
Victor Freitas, Mafalda Gonçalves e Olavo Câmara serão os membros com inerência, representando o grupo parlamentar, as mulheres socialistas e os jovens socialistas, respectivamente.
Vice-presidentes
O presidente socialista escolheu três vice-presidentes com experiência política, essencialmente autárquica, que vão desempenhar um papel importante na nova direcção.
Célia Pessegueiro, 37 anos, presidente da Câmara Municipal da Ponta do Sol, foi mandatária de Câmara e será um nome incontornável no futuro do partido. Ficará com a coordenação do Gabinete de Estudos, que trabalhará juntamente com o grupo parlamentar na elaboração e defesa das suas propostas políticas.
Avelino Conceição, 57 anos, deputado na Assembleia Legislativa e um dos homens-fortes do PS em Machico, onde foi presidente da Junta de Freguesia de Água de Pena durante 12 anos, ficará responsável pela coordenação geral autárquica.
Miguel Iglésias, 34 anos, chefe de gabinete da Câmara do Funchal, um dos elementos mais próximos de Paulo Cafôfo, ficará responsável pela organização dos Estados Gerais, onde os socialistas pretendem construir o seu programa eleitoral para 2019.
Maior participação
Um dos objectivos imediatos da liderança de Emanuel Câmara é imprimir maior dinamismo à actividade do grupo parlamentar e avançar com organização de jornadas parlamentares ainda neste trimestre. Este é um dos temas a abordar na primeira comissão política, a realizar na próxima semana e onde será eleito o novo líder parlamentar, Victor Freitas. Com o Congresso Nacional do PS a realizar-se em Maio próximo, a primeira Convenção dos Estados Gerais do PS-Madeira será marcada para Junho, onde deverá se iniciar uma dos principais objectivos da nova direcção, que é o de conseguir agregar novos quadros que participem e acrescentem propostas para o programa socialista (a “coligação com a sociedade civil” referida tanto por Emanuel Câmara como por Paulo Cafôfo), traçando a metodologia para a elaboração do “Pacto com a Madeira”, com o intuito de ganhar a confiança dos madeirenses.
O novo secretariado vai iniciar o trabalho de proximidade em todos os concelhos, com o objectivo de reforçar não apenas a implementação autárquica do partido, mas inaugurar uma nova fase de contactos com as pessoas, marcando a agenda política.