Perante uma plateia de cerca de 400 pessoas, Paulo Cafôfo disse que o PS, coligado com a sociedade civil, «vai conseguir mudar as políticas desta região». «Temos um partido dinâmico, mobilizado, motivado, com ideias e com soluções. Não estamos sós. Temos a Madeira, temos o Porto Santo, temos esta gente e o povo com o Partido Socialista nesta mudança histórica em 2019», afirmou, recebendo fortes aplausos.
O candidato do PS-M à presidência do Governo Regional salientou que o partido está a colocar os madeirenses e os porto-santenses em primeiro lugar, com a construção de um projeto de proximidade. «O PS está a fazer bem à Madeira. O PS está a trazer uma lufada de ar fresco e democrático à Madeira e isso deve-se à nossa capacidade, mas também àqueles que connosco estão aqui e querem fazer parte desta mudança histórica», vincou, acrescentando que a vitória a 22 de setembro não será apenas do PS, uma vez que «ganhando o PS, vai ganhar a Madeira, vão ganhar os madeirenses». «Não é uma vitória do partido, é uma vitória do povo», acentuou.
O candidato referiu estar preparado para os desafios, adiantando que «temos uma nova geração de políticas para apresentar, reformas estruturais que são indispensáveis, temos medidas concretas e temos a gente certa para levar para a frente o desenvolvimento desta terra».
Cafôfo aproveitou também para dar conta de três grandes prioridades/desafios. O primeiro é o de termos uma região competitiva, com uma diversificação da economia, apostando em novas áreas – como a do mar –, mas também «valorizando aquelas que são as áreas tradicionais, que carecem de vontade política, determinação e capacidade, como é o turismo, que infelizmente está a definhar na nossa terra». «Criar oportunidades e acabar com monopólios e clientelas será claramente uma marca do Paulo Cafôfo e do PS no governo da Região Autónoma da Madeira», assegurou. Outra prioridade é a Educação, pois, considerou, «o sucesso de uma região está nas pessoas e na forma como elas, com a sua qualificação, poderão contribuir para o desenvolvimento desta terra». Por outro lado, apontou a Saúde como a principal prioridade, questionando «como é que se compreende que as listas de espera para consultas, exames e cirurgias estejam constantemente a aumentar?».
A um outro nível, explicando o porquê de avançar com a candidatura à presidência do Governo Regional, Paulo Cafôfo disse que é «um homem de causas». «Não vou virar as costas aos madeirenses quando os madeirenses me pedem para eu avançar. Não posso dizer não quando as pessoas me dizem para eu dizer presente», afirmou, acrescentando ainda que estará sempre no lado em que as pessoas querem a sua presença, «no combate difícil que é o combate de desenvolvimento desta terra, de acabar com um regime que não tem ideias e que está moribundo». «Acredito na Madeira e, acima de tudo, nos madeirenses. Somos nós todos que vamos, com certeza, com o povo, dar a volta a esta terra», finalizou.
Abril vai acontecer na RAM a 22 de setembro
Por seu turno, o presidente do PS-M disse que «Abril vai acontecer na Região Autónoma da Madeira no dia 22 de setembro, quando, finalmente, o Partido Socialista, com Paulo Cafôfo, ganhar as eleições regionais».
Para tal, Emanuel Câmara apelou ao trabalho e empenho diário de todos e considerou que «o PS tem de demonstrar, claramente, na RAM aquilo que já demonstrou nas câmaras onde somos poder desde 2013».
O líder dos socialistas madeirenses referiu que o primeiro grande desafio que temos pela frente é já a 26 de maio e salientou a importância de todos irem votar. Emanuel Câmara fez também questão de frisar que o PS credibilizou-se, não só na Região, como também na estrutura nacional, explicando que «não é por acaso» que o PS-M conseguiu o melhor lugar de sempre na lista para o Parlamento Europeu. Tal como declarou, se Sara Cerdas foi colocada em sexto lugar, é porque «a estrutura do PS a nível nacional e o nosso camarada António Costa acreditam na estrutura regional e que vamos ter um grande resultado nas eleições europeias já em maio deste ano».
Emanuel Câmara aproveitou também para dizer que o PS não recebe «lições de autonomia do PSD». «O PSD anda aí há 40 anos a querer dizer aos madeirenses e porto-santenses que são eles os protagonistas da autonomia. Eu penso que ficou claro que, ao contrário daquilo que dizem, a direção do PS, o seu presidente, o seu candidato a presidente do Governo Regional – Paulo Cafôfo – e todos aqueles que fazem parte da estrutura do PS-Madeira não estão de maneira nenhuma de cócoras para com Lisboa», afirmou, evidenciando o facto de os socialistas terem representantes das duas regiões autónomas em lugar elegível nas listas para o Parlamento Europeu e de o PSD não colocar na lista nenhum candidato em representação dos Açores.
Novo contrato social para a Europa
A candidata do PS-M às Eleições Europeias, Sara Cerdas, aproveitou o seu discurso para apresentar o «novo contrato social que o PS vai levar para a Europa». Um contrato social que combata a pobreza, que reduza as desigualdades sociais e que aposte na educação e na formação como ferramentas fundamentais para a mobilidade social. Sara Cerdas defendeu também uma maior aposta na Saúde, mais ação face às alterações climáticas, bem como o progresso a nível científico, tecnológico e de inovação.
A candidata ao Parlamento Europeu deu ainda conta da campanha de proximidade que está a levar a efeito, visitando todas as freguesias da Região e diversas instituições, e explicou que aceitou este desafio porque «nós integramos o único projeto político com visão e estratégia para o desenvolvimento da nossa Região».
Vaticinou ainda que «a mudança que a RAM precisa e merece virá a 22 de setembro».
O líder da Juventude Socialista-Madeira foi outro dos oradores neste almoço comemorativo. Olavo Câmara afirmou que, «tal como em 1974 houve o 25 de Abril, nós na Madeira teremos o 22 de setembro, que levará o Partido Socialista a governar a Madeira com Paulo Cafôfo como presidente do Governo Regional». O líder da “jota” socialista manifestou a certeza de que «faremos história já a 22 de setembro de 2019».
Por fim, a presidente do Departamento Regional de Mulheres Socialistas considerou que é preciso saber valorizar verdadeiramente a liberdade conquistada e alertou que «não podemos permitir que os valores de Abril se apaguem».
Segundo afirmou Mafalda Gonçalves, «este é um ano de revolução e são os e as madeirenses e porto-santenses que pedem essa nova revolução, em liberdade, com respeito por todas e por todos e em igualdade». «Este é o ano e Paulo Cafôfo é o protagonista desta nova revolução» e desta mudança que acontecerá na Madeira, rematou.